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domingo, 14 de dezembro de 2008

Leituras

A Brincadeira
O livro de Milan Kundera fascina aqueles com consciência revolucionária, mas sem apego ao stalinismo. No livro A Brincadeira, Kundera conta a história de um rapaz membro do partido comunista tcheco que escreve uma carta para sua namorada com algumas brincadeiras, criticando o regime "comunista" tcheco. Depois disso ele tem sua vida mudada completamente e começa a questionar aquele sistema pelo qual tanto lutou. O ponto alto do livro é seu final, quando algumas cerimônias religiosas são "adaptadas" aos "novos tempos" e, como relata Kundera, perdem todo o seu poder tanto junto a população que nem liga mais para as manifestações, quanto para os próprios folcloristas que se adaptam ao sistema e agora só produzem obras simples, uma crítica ferrenha tanto a revolução cultural chinesa, quanto ao socialismo real soviético.

Contracorrente
Emir Sader é o organizador deste livro que reune aquilo que de melhor produziu a New Left Review nos últimos anos. Dedico atenção especial aqui ao capítulo inicial, chamado "retomadas", escrito por Perry Anderson. Neste capítulo Anderson conta a história da revista até os dias de hoje, fazendo sempre uma ligaçaõ com o contexto hstórico na qual ela estava inserida.

Ficções
Tinha o livro de Jorge Luis Borges a mais de dois anos encostado. Tentei ler seus contos umas duas ou três vezes, mas não conseguia sair do primeiro. Este ano, finalmente consegui ler, e como me arrependo de não tê-lo feito antes! Li alguns comentários sobre o livro e o conto mais recomendado seria recomendar "Menard, autor de Quixote", mas sinceramente, fico com minha própria impressão e lhes indico "A loteria em babilônia".

Caros Amigos
A Caros é uma revista já há muito tempo por ai. Mas o que deixo aqui a indicação é a edição, não me lembro o mês, com Luis Nassif na capa. A revista inteira é muito boa, a melhor que já li em meus mais de dois anos de assinante. Destaque para a entrevista com o próprio Nassif, uma ótima aula de jornalismo, daquela que a sala de aula não dá.

Amor, Pobreza e Guerra
Quando "desapropiei" o livro do Hiper BomPreço, não imaginava que o autor fosse um direitista. Mas, quando cheguei em casa e li as primeiras linhas me arrependi, o livro era de um defensor de Bush! Resolvi continuar e li o segundo capítulo do livro, uma resenha da trilogia escrita por Isaac Deutscher sobre a vida de Trotsky. Ai, me arrependio de ter me arrependido. Uma resenha gostosa de ler e que coloca o velho camarada como homem respeitoso, algo a se respeitar vindo de quem vêm. Vale ressalva também o artigo escrito por Christopher Hitchens (o autor do livro) em resposta a Noam Chomsky.


3 comentários:

Salomão Miranda disse...

Desapropriando o que é dos outros né menino? Vou chamar a polícia e a imprensa viu?

rs

Olha bicho, tenho várias dúvidas quanto a isto - e agora já nem tô mais falando de suas indicações de leitura. É que mesmo quando como alguma coisa dentro do supermercado, vou no caixa e pago pela embalagem. Já me disseram pra esconder ou jogar fora, pq "esse povo só vive roubando a gente"...

Uma vez conversei com Vítor sobre isso, mas nao ficou muito claro. Espero que nas nossas próximas conversas teçamos comentários sobre o tema da desapropriação.

Abraço!

Anderson Santos disse...

O Victor é um especialista (rsrsrs).

Homero, mesmo tendo lhe emprestado A Brincadeira nunca li.
Na verdade, esse foi um dos loivros que a escola em que meu pai trabalhava não queria. Aí ele trouxe para casa.
Nunca tinha reparado nele até lembrar queo tinha quando vc discutia com a Ângela sobre Kundera.

Ainda não o coloquei na minha fila de espera, mas acho que depois do que vc falou eu farei isso.

Anônimo disse...

Que bom que vc conheceu Jorge Luis Borges..a narrativa dele é mesmo muito gostosa de se ler..