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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Sobre o diploma de jornalistas

Eu sabia que meus três fieis leitores não me desapontariam. Eu já converei sobre o assunto e sabia que as argumentações seriam muito boas. Mas, deixando o "baba-ovismo" de lado, bora ao texto e ao tema.



Inicio dizendo que sou contra a obrigatoriedade do diploma, mas esse é um debate que precisa ser feito com calma por dois motivos:

1. Não usar o mesmo discurso dos donos da mídia, afinal, eles também defendem a não-obrigatoriedade e saber se diferenciar é importante.

2. Como conversar sobre isso com o estudante, em especial o novato, cheio de esperança com o curso.

Existe um lugar comum nos comentários: antes do diploma, é necessário debater a qualidade do ensino. Eu digo mais, devemos debater a quem serve esse ensino? Mas, esse não é o ponto que quero debater.

O mais sério nesse textinho, com fala de ministro e tudo, é a possibilidade de praticamente transformar o curso de jornalismo num curso técnico, reduzir o curso a aprender técnicas, retirando todo o conteúdo, digamos, humanístico (eu preferiria que o conteúdo fosse crítico mesmo).
Isso é mais uma tentativa de separar o Jornalismo da Comunicação Social, fato sério, que precisa ser encarado como tal por aquele que, antes de jornalistas, são comunicadores sociais.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Haddad defende discussão de novas diretrizes para cursos de jornalismo

Um texto que copiei sobre o diploma de jornalismo. Eu sei, meus três fieis leitores querem saber minha opinião, mas, primeiro, eu quero saber oq vcs acham do tema?

O Ministro da Educação, Fernando Haddad, disse hoje, em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que criará uma comissão para discutir as diretrizes curriculares dos cursos de comunicação social, em especial o de jornalismo, da mesma forma que o MEC já fez com as graduações der Direito e Medicina.

Entre os possíveis assuntos que serão debatidos pela comissão está a possibilidade de criar cursos de especialização em jornalismo para que formados em outras áreas também possam exercer a profissão.

"Nós acreditamos que é um bom momento para discutir essas diretrizes e verificar inclusive quais são as competências que precisam ser adquiridas por um profissional de outra área para que possa exercer a profissão de jornalista", explicou.

Para o ministro, o aprofundameno do debate pode implicar em melhoria da qualidade do exercício profissional. "A comissão discutirá isso, sem prazo detreminado, para que o MEC tenha um posicionamento oficial sobre o assunto (obrigatoriedade do diploma para exercício da profissão). Mas essa (a formação complementar) é uma possibilidade. Um médico, por exemplo, pode fazer um após em comunicação para cobrir os assuntos de saúde, ou um pedagogo para cobrir educação", comparou.

Para o presidente da Federação Nacional Dos Jornlaistas (FENAJ), Sérgio Murilo Andrade, o momento é inoportuno para o debate. Em poucas semanas, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar ação que regulamenta a obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão.

"Pouco adianta o MEC discutir essas possibilidades se a legislação que regulamenta (a profissão) só pode ser mudada pelo Congresso Nacional", defendeu Andrade.

"É mais uma iniciativa que não contribui para o debate, mas ajuda a tumultuar. É o olhar de quem desconhece a realidade do mercado, os salários, as condições de trabalho. Um advogado vai estudar cinco anos, se formar, estudar jornalismo por mais dois anos e entrar em uma redação para ganahr R$ 1,2 mil, subir morro e levar tapa de bandido?", questionou Andrade.

Fonte: Agência Alagoas


terça-feira, 9 de setembro de 2008

o herói americano me persegue

Heróis como Super-Homem, Batman não foram tão influentes na minha infância. Eles não possuem a mesma importância de um Goku ou um Seiya. Quando brincava de "briguinha" com meus primos eu era o Shiryu de dragão ou o Iori Yagami não o Wolverine ou o Homem-Aranha. Mas, eles estavam lá, os heróis americanos estavam lá, não com a mesma importância dos japoneses, mas estavam lá te cutucando com o dedo indicador.

Infelizmente, não sou mais criança, sou um pós-adolescente (se é q isso existe) e sim, acompanho as séries americanas nas madrugadas da vida. Mas, oq só fui me aperceber um dia desses é como essas series tentam nos mostrar uma nova face do herói americano.

CSI Miami, Arquivo Morto e Desaparecidos, são as séries que acompanho com mais frequência. Em CSI é legal a maneira como os episódios são levados, os diálogos "técnicos" parecem sofisticados e compreensíveis ao mesmo tempo. Em arquivo morto, gosto dessa coisa dos personagens no passado e no presente, além da música que encerra cada episódio, sempre de acordo. Em desaparecidos me agrada o fato de nem sempre termos um assasino ou um culpado, às vezes, simplesmente, a garota foi dar uma volta.

Um episódio curioso aconteceu em cada uma dessas séries um dia desses. Em CSI Miami um mesmo assassino matou uma garota e uma garota latina. O episódio mostra a mobilização da imprensa para encontrar a garota branca, desaparcida e também o culpado. No final do episódio o culpado é encontardo. Antes dos créditos, um dos policiais dá uma lição a um jornalista quando este pergunta sobre o caso: que a mídia não tratasse diferente a morte da branca e da latina. Lembrei-me na hora do caso Isabela Nardoni.

Em Arquivo Morto um caso claro de propaganda ideológica. O policial numa conversa com um rapaz que foi expulso de sua comunidade, conta que seu pai também foi expulso de sua terra. Seu pai, cubano, foi expulso "por um homem chamado Castro", nas palavras do dubaldor, por defender a democracia e a liberdade.

Já na série Desaparecidos, a "bondade" do mocinho atinge sei estágio máximo. Após participar do sequestro de uma criança africana (mais precisamente do Sudão) adotada por um casal famoso (acho q já vi isso em algum lugar), um garoto, tembém sudanês, é levado para ser interrogado. Depois de contar sua história de vida sofrida na Africa e da vontade de tentar a sorte na terra das oportunidades, o detetve falsifica a investigação e permite que o garoto saia livre. A parte mais interessante dessa cena é o olhar de pena do detetive, algo q merece nota.

Pois é. O tempo passa o tempo voa e a perpetuação da ideologia dominante continua numa boa. O herói americano agora vem com cara humana, não possui poderes, apenas inteligência e raciocínio rápido. Oq há em comum nos três casos? É sempre o policial quem dá a lição de moral, é ele o exemplo de ética, visão democrática e bondade. Digo a vc: tenha medo!!