"Música é algo para celebrar, não podemos tratá-la apenas como algo para entreter, é feita para mudar nossa maneira de ser e existir", essas são palavras de Fernando Aniteli, idealizador da trupe O Teatro Mágico e um dos fundadores do movimento Música Para Baixar (MPB).
Se a primeira frase pode levar-nos a acreditar que um novo mundo está nascendo, a posterior nos recoloca os pés no chão: este fantasmo que quando você libera a música você está abrindo mão. Nós sempre liberamso nosso material na internet e isso nunca nos prejudicou, muito pelo contrário".
As possibilidades de acesso aos novos, e velhos, bens culturais estão claramente potencializados, mesmo assim, a segunda observação de Aniteli esclarece que esta relação traz à reboque todo um contexto economico, ou seja, existe uma relação direta entre 'fazer cultura' e 'gerar riqueza' (deixando claro que este gerar riqueza não é no sentido marxiano).
Movimentos como o MPB não se colocam como, necessariamente, contra-hegemônico, mesmo buscando mais espaço dentro da sociedade civil, se limitam a utilização dos novos meios como forma de gerar algum lucro. Obvio que esta alternativa é imposta por sistema onde a produção cultural é apenas uma de suas faces.
Este debate sobre hegemonia se faz necessário para que não se confunda os avanços advindos das novas tecnologias como o anúncio da boa nova, como sendo este o caminho para a ransformaçao social, pelo contrário, ali está localizado todas as contradições existentes no mundo real, inclusive a disputa de hegemonia. Não se pode negar os benefícios, no sentido de trazer para mais próximo da sociedade civil a possibilidade de escolher o que ouvir, ler, assitir, produzir, assim como não podemos nos cegar para a íntima relação entre o que consumido na internet, sim consumido, e sua divulgação em outros meios mais massivos: Globo e G1; Folha e Uol; Ivete Sangalo e os programas de auditório. Quando se fala dos grande benefícios da internet, muitas vezes se esquece que tudo não voltou ao ponto zero, que a Televisão ainda é o veículo mais utilizado para as pessoas obterem informação. Deixo clara estas considerações, vamos ao MPB.
O Teatro Mágico iniciou um movimento chamado MPB que se opõe a toda uma estrutura vigente que prega o "pagou tocou". Segundo Aniteli "isto não quer dizer estou dando de graça, não valorizo, não me importo, é justamente o contrário, você é dono da sua música, não mais a Gravadora X, Y ou Z, você cria as licenças sob as quais quer reger sua obra".
O líder da trupe falava dos Creative Commons, uma alternativa à reserva total do direito autoral, "um novo sistema, construído com a lei atual de direitos autorais, que possibilita a você compartilhar suas criações com outros e utilizar música, filmes, imagens, e textos online que esteja marcados com uma licença Creative Commons", segundo o site creativecomuns.org.br. O mesmo site um exemplo interessante para explicar o processo: um baixista resolveu gravar um disco com as músicas do White Stripes, apenas acrescentando seu baixo, até uma nova capa ele colocou, acrescida do teu nome. Um belo dia ele encontrou o líder da banda e perguntou se havia algum problema, como a resposta foi negativa, o baixista continuou fazendo o trabalho, mas teria de deixar de praticar sua arte se a banda não o quisesse e, pior, nem todos terão a sorte de encontrar com aqueles de quem ele gostaria de usar parte do material. Por isso, a sigla CC significaraia que parte daquele material poderia ser usado, desde que com certa ponderações explícitas pelo autor.
Voltando ao MPB, uma frase citada por Aniteli em seu texto chamou-se atenção: "segundo Pena Schimicht o que prevalecerá a partir de agora é o talento e não mais o investimento". Tranquilamente, esta é uma afirmação, no mínimo, inocente, acreditar que o capital ficará olhando a expansão deste acesso sem, no mínimo, gerar lucro é um equívoco, mesmo assim, não se pode negar que o público possue um poder maior de decisão agora, nas palavars de Aniteli "ele quem vai alimentar o site, as comunidades, a divulgação e os rumso do grupo" e explica a nova realidade: "muitas vezes éo fã apaixonado pela banda que vai colocar todo o conteúdo de maneira livre na internet, se não fosse isso, milhares de músicos permaneceriam de fora do cenário atual, há a possibilidade de trabalho (sim! Dinheiro!) neste novo cenário" e finaliza " o que estamos falando aqui não é sobre a qualidade dos trabalhos envolvidos", deixando claro mais uma vez que não estamos falando de luta por hegemonia e sim por espaço no mercado.
Outro membro ilustre do MPB é o cantor e compositor Leoni, autor de sucessos como só pro meu prazer, garotos e muitos outros, eternizados nas vozes de Cazuza e Paula Toller. Ele também falou qual deve ser real objeto, segundo ele, quando se permite baixar músicas, por exemplo: "a música grátis tem que fazer parte de uma estratégia para divulgar e vender, seja música, ingressos de shows ou merchandising".
"Faço parte do música para baixar porque acredito que não haja como controlar o compartilhamento de música na internet", continuou Leoni. Um dos exemplos lembrados por Leoni sobre a importância benéfica do download é o artista/disco fora de catálogo, colocado no ostracismo pela gravadora e fica a pergunta: que direito tem a gravadora de impedir a sociedade de ter acesso a um bem cultural?
Na ponta do lápis, o preço pago pelo artista por divulgar sua música na ineternet não é tão caro assim. Primeiro porque nem todo mundo que baixa a música compraria o cd, ou seja, a divulgação é bem maior, sem falar da questão do jabá, dinheiro pago pelos artista e gravadores para que suas músicas toquem nas rádios, como bem diz Leoni "se comparado ao jabá, o compartilhamento de arquivos é uma benção para os artistas".
Muita coisa ainda precisa ser discutida neste sentido. Sites como o do Teatro Mágico ou Música Liquida são boas pedidas para aqueles que queriam entender melhor esta questão de musica para baixar e as possibilidades de produzir cultura.
Se a primeira frase pode levar-nos a acreditar que um novo mundo está nascendo, a posterior nos recoloca os pés no chão: este fantasmo que quando você libera a música você está abrindo mão. Nós sempre liberamso nosso material na internet e isso nunca nos prejudicou, muito pelo contrário".
As possibilidades de acesso aos novos, e velhos, bens culturais estão claramente potencializados, mesmo assim, a segunda observação de Aniteli esclarece que esta relação traz à reboque todo um contexto economico, ou seja, existe uma relação direta entre 'fazer cultura' e 'gerar riqueza' (deixando claro que este gerar riqueza não é no sentido marxiano).
Movimentos como o MPB não se colocam como, necessariamente, contra-hegemônico, mesmo buscando mais espaço dentro da sociedade civil, se limitam a utilização dos novos meios como forma de gerar algum lucro. Obvio que esta alternativa é imposta por sistema onde a produção cultural é apenas uma de suas faces.
Este debate sobre hegemonia se faz necessário para que não se confunda os avanços advindos das novas tecnologias como o anúncio da boa nova, como sendo este o caminho para a ransformaçao social, pelo contrário, ali está localizado todas as contradições existentes no mundo real, inclusive a disputa de hegemonia. Não se pode negar os benefícios, no sentido de trazer para mais próximo da sociedade civil a possibilidade de escolher o que ouvir, ler, assitir, produzir, assim como não podemos nos cegar para a íntima relação entre o que consumido na internet, sim consumido, e sua divulgação em outros meios mais massivos: Globo e G1; Folha e Uol; Ivete Sangalo e os programas de auditório. Quando se fala dos grande benefícios da internet, muitas vezes se esquece que tudo não voltou ao ponto zero, que a Televisão ainda é o veículo mais utilizado para as pessoas obterem informação. Deixo clara estas considerações, vamos ao MPB.
O Teatro Mágico iniciou um movimento chamado MPB que se opõe a toda uma estrutura vigente que prega o "pagou tocou". Segundo Aniteli "isto não quer dizer estou dando de graça, não valorizo, não me importo, é justamente o contrário, você é dono da sua música, não mais a Gravadora X, Y ou Z, você cria as licenças sob as quais quer reger sua obra".
O líder da trupe falava dos Creative Commons, uma alternativa à reserva total do direito autoral, "um novo sistema, construído com a lei atual de direitos autorais, que possibilita a você compartilhar suas criações com outros e utilizar música, filmes, imagens, e textos online que esteja marcados com uma licença Creative Commons", segundo o site creativecomuns.org.br. O mesmo site um exemplo interessante para explicar o processo: um baixista resolveu gravar um disco com as músicas do White Stripes, apenas acrescentando seu baixo, até uma nova capa ele colocou, acrescida do teu nome. Um belo dia ele encontrou o líder da banda e perguntou se havia algum problema, como a resposta foi negativa, o baixista continuou fazendo o trabalho, mas teria de deixar de praticar sua arte se a banda não o quisesse e, pior, nem todos terão a sorte de encontrar com aqueles de quem ele gostaria de usar parte do material. Por isso, a sigla CC significaraia que parte daquele material poderia ser usado, desde que com certa ponderações explícitas pelo autor.
Voltando ao MPB, uma frase citada por Aniteli em seu texto chamou-se atenção: "segundo Pena Schimicht o que prevalecerá a partir de agora é o talento e não mais o investimento". Tranquilamente, esta é uma afirmação, no mínimo, inocente, acreditar que o capital ficará olhando a expansão deste acesso sem, no mínimo, gerar lucro é um equívoco, mesmo assim, não se pode negar que o público possue um poder maior de decisão agora, nas palavars de Aniteli "ele quem vai alimentar o site, as comunidades, a divulgação e os rumso do grupo" e explica a nova realidade: "muitas vezes éo fã apaixonado pela banda que vai colocar todo o conteúdo de maneira livre na internet, se não fosse isso, milhares de músicos permaneceriam de fora do cenário atual, há a possibilidade de trabalho (sim! Dinheiro!) neste novo cenário" e finaliza " o que estamos falando aqui não é sobre a qualidade dos trabalhos envolvidos", deixando claro mais uma vez que não estamos falando de luta por hegemonia e sim por espaço no mercado.
Outro membro ilustre do MPB é o cantor e compositor Leoni, autor de sucessos como só pro meu prazer, garotos e muitos outros, eternizados nas vozes de Cazuza e Paula Toller. Ele também falou qual deve ser real objeto, segundo ele, quando se permite baixar músicas, por exemplo: "a música grátis tem que fazer parte de uma estratégia para divulgar e vender, seja música, ingressos de shows ou merchandising".
"Faço parte do música para baixar porque acredito que não haja como controlar o compartilhamento de música na internet", continuou Leoni. Um dos exemplos lembrados por Leoni sobre a importância benéfica do download é o artista/disco fora de catálogo, colocado no ostracismo pela gravadora e fica a pergunta: que direito tem a gravadora de impedir a sociedade de ter acesso a um bem cultural?
Na ponta do lápis, o preço pago pelo artista por divulgar sua música na ineternet não é tão caro assim. Primeiro porque nem todo mundo que baixa a música compraria o cd, ou seja, a divulgação é bem maior, sem falar da questão do jabá, dinheiro pago pelos artista e gravadores para que suas músicas toquem nas rádios, como bem diz Leoni "se comparado ao jabá, o compartilhamento de arquivos é uma benção para os artistas".
Muita coisa ainda precisa ser discutida neste sentido. Sites como o do Teatro Mágico ou Música Liquida são boas pedidas para aqueles que queriam entender melhor esta questão de musica para baixar e as possibilidades de produzir cultura.