Total de visualizações de página

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

conversa pertinente em repouso

Pois é, o blog ficará um tempo em off. Período que utilizarei para relaxar, refletir, finalizar, recomeçar e outros....

abraços para meu leitor fiel!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

The Take

"Ocupar, resistir, produzir"
Estas são as palavras de ordem que se proliferaram pela Argentina no período que levou Néstor Kirchner à presidência, nas ocupações de fábrica que Avi Lewis e Naomi Klein documentaram com maestria.
O documentário mostra um país na miséria, com crianças que antes comia lanches americanos e que agora catam lixo, um país, que como em diz o documenário, foi feito pobre.
Resgatando o período de Peron, com uma ascendente classe média, a época, a mais prospera da Amérial Latina, e com uma indústria "made in Argentina", o país caminhava para o primeiro mundo, assim como Canadá e Austrália.
Em um segundo momento, o filme lembra a tragédia do governo Menem e a entrega do país ao FMI com mais da metade da população indo parar abaixo da linha da pobreza.
Com a crise, os bancos internacionais retiraram 40 bilhões dos cofres argentinos e a população, agora pobre e desembregada, viu os ricos mandarem su dinheiro embora, enquanto o governo congelava os bancos, causando mais sofrimento e revolta.
Em pouco tempo, os "panelaços" feitos em frente a Casa Rosada (sede do governo argentino) e os gritos de "que se vayan todos" ganharam as ruas.
E depois de cinco presidentes depostos em três semanas, a Argentina deixou de pagar a maior dívida externa do mundo.
"Somente protestando muito podemos realizar"
É nesta conjuntura que se prolifera o Movimento Nacional de Fábricas Recuperadas (MNFR).
Um casal de trabalhadores é um exemplo do que se tornou o país naquele tempo. Em um determinado momento do documentário, a esposa fala que antes gstava com cremes, perfumes e que as filhas nem dvem mais lembrar o sabor de um Mc Donald's, "se pago dívidas as meninas ficam com fome, sendo assim, prefiro não pagar as dívidas e aí elas acabam se acumulando".
Voltando ao MNFR, os trabalhadores ganham o direito de autogestionar as fáricas, caso os "donos" tenham vendido algm equipamento. O exemplo de autogestão vitoriosa é a fábrica Zanon Cerâmicas, a "avó" do movimento, com mais de 300 trabalhadores, ganhando exatamente o mesmo salário, com decisões tomadas em assembléia, com todos tendo direito a voz e voto.
Só que agora, o burguês quer de volta a fábrica e os trabalhadores fazem vigília. O que eles usam como armas? Estilingue, conhecido no meu interior como peteca.
Até 2004, ano do documentário, eram cerca de 200 fábricas recuperadas.
"Nossos sonhos não cabem em suas urnas"
Em meio a eleição, com o retorno de Menem de um lado e Kirchner do outro, o movimento diz essas palavras.
O documentário mostra o ciclo vicioso da compra de votos, onde paga-se um sanduíche e uma coca e os votos estão garantidos.
Descobre-se em uma das fábricas ocupadas, a Forja, que ainda está tentando reabrir com a ajuda do MNFR, um eleitor de Menem. Para ele é necessário mudar, melhorar a situação em relação ao que se tem com "pessoas mendigando 150 pesos mensais". Uma clara contradição dentro do movimento que, óbvio, não é perfeito.
Sem conseguir reabrir, os trabalhadores da Forja, depois de recorrer a Justiça e ter como resposta um não da juíza, agora apelam para os políticos.
Uma cena mostra o dia das eleições. Nela, uma senhora peronista, mãe de uma das trabalhadoras empregadas pelo MNFR, paga propina para uma senhora votar em Kirchner. Sua filha não votará em ninguém.
Em outra passagem do dia das eleições, a tal filha citada agora a pouco lembra que os gritos de que "se vayan todos" não fncionou, já que todos os candidatos são exatamente aqueles que deveriam "ir".
O fim das eleições todos já sabem, já o das fábricas ocupadas, deixe que quem quiser assistir o documentário descubra.

despedida

Meus dias de repórter político parecem ter chegado ao fim. Uma carreira meteórica como as dos astros de TV e ex-bbb's. Estou entrando em uma nova fase, com velhos objetivos: a transformação social e o amor.
Sim, porque o amor só poderá ser pleno entre todos os seres humanos, seres vivos, enfim, quando um outro mundo, sem desigualdades, sem exploração, exister nesta terra. Eu acredito na possibilidade da existência de um mundo onde todos se amem como amo minha amada.

Voltando a minha despedida, eu deixarei de publicar textos sobre política alagoana. O motivo é simples: mesmo sabendo que este não é o blog mais visitado entre os jornalístas poíticos alagoanos, a idéia era reaproveitar minhas fontes como repórter, publicar embasado no meu trabalho jornalístico. Já que o trabalho jornalístico, por hora, deixará de rolar, não vejo motivo de continuar falando.

Claro, poderia comentar o dito pelos os outros, mas seria tão superficial que me nego, assim como a palavra escrita na bandeira do meu novo estado, a Paraíba.

O blog continuará aqui, provavelmente sem o mesmo fôlego, até que este cabra mude mais uma vez de idéia.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Minhas apostas

...o futuro político alagoano parece mais incerto que a decisão do título brasileiro. Temos uma penca de candidatos ao Senado, outros tantos para o Governo e um em especial entre a cruz e a espada, ou melhor, entre os quatros anos "aqui" ou os oito "lá".
Vou resumir a safra a quatro figurinhas e brincar de advinhar como será o cenário nas eleições 2010 alagoanas.
Primeiro, cada dia tem menos credibilidade (e quando teve?) o tal "chapão", aquele que todos já conhecem, articulado pelo "dream time" da política alagoana: Renan e Collor.
Minha primeira aposta é: o chapão ficará dividido. Principalmente pela força que vem ganhando o nome de Ciço para o Governo. Mesmo com os problemas com sua vice e seu pai, Lurdinha e João Lyra respectivamente. Todos sabem que Ciço não é lá muito amigo de Lurdinha e morre de receio de deixar a prefeitura em suas mãos e a mulher acabar desconfigurando a prefetura, mudando secretarias de confiança de Ciço e o pai já avisou: a prefeitura é dele, é só Ciço largar o osso.
Sendo assim, mato uma primeira candidatura: Ciço para o Governo. Entre os candidatos ao Senado um é de seu partido: Bil de Lira. O outro, aposto em Luna, pela relação "ideológica" existente entre o prefeito e o PT.
O outro candidato ao Governo seria alguém do segundo escalão do PTB, Euclides Mello talvez. Já o senhor Renan e Lessa ficariam com as vagas tão sonhadas, e disputadas, para senador.
Pronto, esta é a arrumação teórica das eleições 2010. Assim, todo mundo, teoricamente, fica com sua candidatura garantida. Já na prática...
Bem, na prática Renan e Lessa derrubam Lira, minan Luna e apoiam Cicero Almeida. O candidato fantasma do PTB ou de qualquer outro partido escolhido pelo "drem time" seria o laranjão, aquele que vai bater com força no governador Teo.
Claro, Renan e Lessa ficariam livres para, de acordo com a mudança dos ventos, rumarem para o lado "azul", o lado de Teo, o que não seria grande novidade depois da troca de afagos dos gêmeos siameses (como é conhecida a dupla Teo/Renan, desde, enfim, muito tempo) em Arapiraca no fim do mês passado.


Na política alagoana tudo certo, já no Brasileirão...

(continua em: http://br.oleole.com/blogs/por-tras-do-gol/posts/minhas-apostas)

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Diga-me com quem andas...

Olha só as figuras que podem andar lado a lado nas próximas eleições:

Ricardo Barbosa (vereador pelo PSOL) e Cícero Ferro ("sobrevivente" do PMN, acusado de homicídio)
Heloísa Helena (nem precisa apresentar) e Francisco Tenório (também acusado de homicídio)

Pois é, caso a aliança com Marina Silva aconteça, o PSOL, provavelmente, terá o "prazer" de dividir o palanque com os taturanas. Pode ser um preço muito alto a pagar para eleger HH.

Se depender das pesquisas...

"As pesquisas definiram os candidatos". Essas foram as palavras de Bil de Lira sobre o critério que definiria quais seriam os candidatos do bloco, grupo, chapão, como queiram, articulado por Collor e Renan, para o Senado. Bem, é melhor ele começar a correr atrás de um instituto de pesquisa, porque, mais uma vez, ele aparece bem longe do topo:
-Heloísa Helena - 52%
-Ronaldo Lessa - 44%
-Renan Calheiros - 34%
-Benedito de Lira - 12%
-João Tenório - 5%
Esses são os números da pesquisa do Instituto UP (quem?), que ouviu 700 pessoas aqui em Alagoas. Uma curiosidade é a ausência do nome de Pinto de Luna, o pré-candidato do PT. A ausência do nome de Luna vem a calhar com sua declaração que ele me deu esta semana.
Perguntado sobre o porque da candidata do Lula ter dito que torceria por Bil de Lira, ele respondeu: "eu acho que ela nem me conhece. Eu preciso me fortalecer e mostrar que minha candidatura é viável. Acho que ela disse isso porque não conhece o cenário em Alagoas, aqui nós estamos bem na fita".
Ele pode até dizer "é nóis", mas é inadmissível que uma pesquisa não inclua o candidato do partido do presidente. Luna precisa se fortalecer não apenas para os alagoanos, coisa que vem fazendo, indo para o interior do estado, dialogando com as oposições "trabalhando principalmente com o público jovem". Ele precisa se fortalecer dentro do partido nacionalmente, ou então será engolido e a candidata do Lula continuará torcendo pelos que estão tentando miná-lo.

Negócio de famílias

Um fato curioso passou desapercebido pela imprensa alagoana nestas duas últimas semanas. Na semana passada, mais precisamente no dia 26 de outubro, o PMN (na figura de seu dono, o deputado federal Francisco Tenório, o Chico, que, entre outras coisas, está envolvido na operação taturana e na morte do Cabo Gonçalves) entrou com ação pedindo o mandato do deputado Artur Lira que trocou o PMN pelo PP durante o período para novas filiações.
Até ai, nada de mais. Acontece que, caso Artur Lira perca o mandato, quem assume é ninguém mais ninguém menos que o irmão de Tenório, José Maria Tenório. Claro que o pedido de devolução não se resume a isso. Vale lembrar que na semana passada, Lira acusou Tenório de "perseguição política", afirmou ter provas contra o dono do PMN, e provocou a fera, duvidando da coragem de Chico, afirmando que "se ele (Tenório) tiver coragem de entrar na Justiça, depois de tudo o que ele fez...".
Nesses últimos dois dias tentei falar com Chico para saber sua versão, porque não entrou contra todos os deputados (sete deixaram o PMN durante o "troca-troca"), enfim, esclarecer as coisas. Infelizmente não consegui falar com ele, mas sua assessoria fez o favor de respaldar o que dizem seus desafetos: que ele, e somente ele, responde pelo PMN no Estado. O assessor também garantiu que na próxima semana haverá uma reunião com a cúpula do partido (quem?) para reorganizar esta situação.
Tudo bem explicado até ai, vamos para a outra família. Que outra? A de Lira. Sim, porque Artur Lira deixou o PMN e ingressou... no partido do pai, o PP de Benedito de Lira. Lira, o filho, também não foi encontrado por esse repórter para dizer como recebeu a notícia de que o PMN quer o seu, e apenas o seu, mandato, ou para reafirmar se realmente, caso o PMN tome seu mandato, ele colocará a boca no trompete, que é mais legal que trombone.
Muito mais solicito que o filho, Lira, o pai, disse que o PP, que também está na ação, esperará muito bem sentado pela tal e não falará nada até saber as novas por fontes oficiais.
E os outros deputados?
Enquanto aos outros rapazes, cabe agora apenas a Procuradoria Regional Eleitoral, específicamente a procuradora Niedja Kaspay, estudar os casos e entrar com ação, ou não, na Justiça. Lembrando: os partidos tinham até o dia 28 do mês passado para entrar com ação contra os deputados puladores de cerca. Agora, o Ministério Público, na figura da Procuradoria, tem mais trinta dias para "provocar" a Justiça.
O deputado Gilvan Barros (o sobrinho é prefeito em Girau do Ponciano), que não é bobo nem nada, já encaminhou pedido de justa causa, explicando o motivo de sua saída do PMN, e aguarda parecer que deve sair na próxima semana.
Os outros deputados podem dormir tranquilos, não devem sofrer nenhum tipo de ação.
O motivo foi esclarecido por Chico aos deputados Isnaldo Bulhões (cujo pai é presidente do Tribunal de Contas), Sérgio Toledo (que o primo é o presidente da Mesa Diretora da Assembleia) e João Beltrão (o irmão é deputado federal): eles não faziam parte dos planos do partido para 2010.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Fatos, não palavras: direitos humanos em Cuba

O que é democracia? Mesmo sendo um documentário que tem, a priori, a tentativa de discutir os direitos humanos em Cuba, o documentário da argentina Caroline Silvestre, produzido em 2007, raz, na verdade, uma ótima discussão sobre concepção de democrcia.
O filme é quase institucional, a maioria dos depoimentos é de pessoas lidadas ao poder: membros do PCC (não o Primeiro Comando da Capital e sim o Parido Comunista Cubano, que fique claro), juizes, deputados, professores, artistas, enfim, uma série de personalidades que mostram a cartilha castrista em todas as suas esferas: política, economica, social e por ai vai.
Mesmo sendo muito mais útil para um militante do PC do B ou qualquer outras agremiação stalinista ou maoista, o documentário traz uma ótima discussão sobre democracia participatva e representativa. O secretário do turismo cubano levanta uma questão fundamental: "o qué é democracia? Dizem que em Cuba não há democracia, pois eu digo que nenhuma outra nação é mais democrática que nós".
A concordância com tal afirmação é difícil, mas as comparações fazem sentido. Um deputado do parlamento cubano lembra que em Cuba funciona o parlamentarismo, assim como na Inglaterra, com a diferença de que as grandes multinacionais não financiam os candidatos.
As pessoas são eleitas em suas comunidades, depois em voto secreto elegem o que seria o primeiro ministro, que sempre era Fidel, mas essa é outra conversa.
O mais pertinente no documentário é discussão entre multipartidarismo e multiplas compreensões pólíticas. Um professor da Universidade de Havana defende que nos Estados Unidos, por exemplo, não existe democracia, o que existe é o multipartidarismo, ou seja, vários (na verdade só dois que contam) partidos, mas com a mesma compreensão ideológica, financiados pelas mesmas corporações.
Já em Cuba, segundo o professor, o fato de existir apenas um partido não minimiza o potencial de divergências, já que estamos falando de um país altamente letrado, com consciência suficiente para escolher com sabedoria seus líderes.
Meu problema foi compreender por inteiro o documentário, já que o assisti em espanhol, mesmo assim, as linhas gerais ficaram muito claras: discussão sobre liberdade de imprensa, condição prisional, existência de sindicatos, os terroristas que rebem dinheiro americano para tentar derrubar o regime e para, em muitas ocasiões, matar. Isso e muito mais em hechos, no palabra, um documentário essencial para quem pretende entender melhor o regime cubano.

Se fosse hoje, Lira e Renan estariam fora

Conversei nesta tarde como deputado Benedito de Lira sobre a articulação do Chapão (bloco de alianças que conta, além de Lira, e de seu fiel escudeiro "Ciço", com o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), o senador Renan Calheiros (PMDB) e o também senador Fernando Collo (PTB), aquele mesmo) para 2010 e a tal definição dos nomes dele e de Renan para o senado, o que colocaria em péssimos lençois ou a entrada do PT no chapão, ou candidatura de Pinto de Luna.

Lira reafirmou que tudo se encaminha para esses nomes mesmo, o dele e o de Renan para o senado. questionado sobre a viabilidade de alianças com o PT, já que o mesmo também possui um pré-candidato ao Senado, ele desconersou e tentou explicar os "critérios": "quem estiver melhor nas pesquisas será candidato, faremos pesquisas com os quatro postulantes e quem estiver melhor levará a vaga".

Ótimo! Só falta avisarem ao deputado que em pesquisa recente, divulgada pelo site alagoas24horas, os candidatos do tal bloco seriam justamente Lessa e Luna. A vereadora Heloísa Helena foi a vencedora da enquete, enquanto Luna e Lessa ficarm quase empatados em segundo lugar.


Talvez falte avisar a este que vos escreve, meu leitor fiel, quem fará as pesquisas...

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Reencontro

Ser reporter de polítca e ex-militante do movimento estudantil tem seus dias de nostalgia e seus dias de "pois é! Eu tô aqui".

Hoje, foi a segunda opção que me tomou. Eu estava me preparando para entrevistar um dos candidatos à presidente estadual do PT, quando......

Elida Miranda. Sim meu leitor fiel, ela mesma, aquela que foi gestão da ENECOS ganhando da primeira chapa de oposição, chapa que este cabra fez parte.

Pois é, ela veio como militante da Articulação de Esquerda, uma das tendencias internas do PT, acompanhando o candidato da tal tendencia, Paulo Bonfim.

Elida fez parte do "grupo do PT", no meu tempo de movimento (porra! tô velho mesmo! "meu tempo?). Era daquelas que tentava defender o Governo Neoliberal do Lula, ou, pelo menos, o PT.

Eu era (ainda sou, mesmo que às vezes não se perceba) do grupo radical ou o mais à esquerda, combativo. Para uns extremistas, para nós convicção de que a discussão não deveria ser rebaixada, nada de frescura de mística! "Mística de cú é rola!", dizíamos, convictos.

Dada a explicação, eu reencontrei Elida, fiz a entrevista e batemos um bom papo, eu, ela e o Paulo, que teimava em e chamar de "seu jornalista". A conversa depois da entrevista foi a melhor parte, ouvir aquele velho discurso de que o PT tem isso e aquilo me bateu uma vontade de.......

Nada. Apenas escutei e argumentei dentro da institucionalidade. Depois da Elida foi conversar com um repórter e eu fui passar a entrevista.

Fiquei sabendo que ela comentou com o repórter nosso enfrentamento na época dos movimentos e disse que sim, que eu fui oposição à ela na executiva de comunicação e ela, mesmo sendo de outra Universidade, o Cesmac, era do grupo de oposição a "nóis" no Diretório Acadêmico.

Antes da despedida perguntei o que ela estava fazendo e ela me veio com esta resposta: "eu estou militando na AE, militando na CUT, militando no Sindjornal, ou seja, eu estou e todas aquelas entidades inimigas dos estudantes".

Eu olhei e sorri meio sem graça e ela me olho, como se estivesse dizendo: "e você? Ah! pois é! Você tá aqui."

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A candidata do Lula torce pela vitória de Bil de Lira

Ontem, num jantar nada a luz de velas, estiveram reunidos drigentes estaduais do PP, deputados do PP, sendores do PP, enfim, a cúpula do partido de Maluff e "Ciço". Junto com os "progressistas", além de muita fartura na mesa, esteve a candidata do Lula à presidencia. Sim, porque se, segundo o Paulo Henrique Amorim, os filhos do Roberto Marinho não tem nome, são "os filhos do Roberto Marinho", a candidata do Lula também não. É a candidata do Lula e pronto.
Sim, do que eu estava falando mesmo? Ah! A renião! Pois é, o tema da reunião foi um, digamos, "me engana que eu gosto". Segundo o deputado Benedito de Lira, foi uma conversa informal, nada de 2010 na pauta, só para mostrar as benéficas ações de ambos, PT e PP, como essa relação é linda, para que? 2010? Articulação? Não, não, apenas isso, fim em si mesmo, pronto! Me engana que eu gosto!
A reunião "me engana que eu gosto" teve dois pontos importantes para o cenário 2010, um nacional e outro local. Nacionalmente o PP fechou com a candidata do Lula, ou seja, mais uma aliança importante para as eleições e para a desmoralização ideologica do PT.
Para Alagoas, a frase da candidata do Lula para Bil de Lira pode ser apenas "educada", mas, se não for? Para quem não sabe de que cargas d'água estou falando, Lira me disse que durante o jantar, a candidata do Lula soltou um "estou sabendo que você é candidato em Alagoas ao Senado. Estou torcenco pela sua vitória".
Opa! Tudo bem que não sabemos a quantidade de champanhe, ou melhor, espumante, ingerida pela candidata do Lula, sem falar que dois são candidatos eleitos, mas a base do governo aqui no estado tem, no mínimo, quatro pré-candidatos: o próprio Bil, Renan, de Luna e Lessa.
Mesmo sabendo que Lessa está mais para lá (o Governo) que para cá (o Senado), sobram três. Tudo bem que de Luna não é lá o candidato com a cara do novo PT, mas é o candidato do PT. E agora? Será que ela está torcendo pela derrota de Renan? Piada alguma seria mais engraçada.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A doutrina do choque

Seis minutos. Isso mesmo, o documentário precosa de apenas seis minutos para chocar! Sim, a doutrina do choque, documentário baseado na obra, de mesmo nome, da jornalista Naomi Klein, possui apenas seis minutos de frenética analogia entre o método psiquiátrico desenvolvido nos anos quarenta, com tratamento usando choques elétricos que "regrediam" mentes adultas ao estado infantil e nosso sociedade que, segundo o documentário, funciona da mesma maneira.

Alfonso Cuarón, o diretor do documentário que transformou uma obra em seis minutos magníficos, traz citações de documentos da CIA, nos anos cinquenta, onde a agência produziu um manual de como controlar prisioneiros, reduzindo seu estado mental ao de uma criança.

A doutrina do choque vai explicar que estas técnicas também funcionam na sociedade capitalista com o uso de guerras, traumas coletivos, desastres, enfim, demonstrando que ficamos mais vulneráveis, suscetíveis ao obedecimento.

O maior ecomomista de nosso tempo (não é Marx galera! Ele morreu muito antes "do nosso tempo"), segundo o documentário, Milton Friedman, é o responsável por esta compreensão no mundo econômico, o que ele chamou de economia de choque, nome nada original.

O ponto central no curto documentário é mostrar que o nosso mundo não se tornou o que é atarvéz de liberdade e democracia, mas sim através da Doutrina de Choque. Alguns exemplos? Ai vão: A tão falada guerra contra o terror, faz o governo gastar mais de 100 bilhões no departamento de pátria segura; a invasão do Iraque, que resultou em mais de 200 estatais privatizadas, com 4 milhões de soldados dispersados e milhares mortos e assim vai.

E uma frase interessante de Friedman sobre crises, veja, o último grande teórico da economia burgeusa disse exatamente o seguinte: "somente uma crise, ou a possível ocorrência de uma pode produzir uma verdadeira mnudança" ou seja, será mesmo que a crise capitalista que estamos vivendo não é apenas mero pretexto para deixar-nos em estado de choque, para que os capitalistas possam fazer o que bem entendem "para o nosso bem"?

Independente da resposta, finalizo com uma passagem do documentário, extraída dos documentos da CIA: "isolamento, físico ou psicologico, deve ser mantido desde o momento da captura, a capacidade para resistir diminui com desorientação. Os prisioneiros devem ser mantidos em silêncio o tempo todo, nunca deve ser permitido que se comuniquem entre eles".


The Corporation

A intenção desta "resenha" não é contar o filme, nem exatamente o que achei dele. É mais tentar mostrar algumas "curiosidades". Vejamos:

.Você sabia que uma jaqueta Liz Claiborne, feita em El Salvador custa 178 dólarres e quem faz a jaqueta recebeu 0,74 dólares pelo trabalho?

. Uma frase do documentário: "O Wall Mart diq que se você compra estas calças você está ajudando crianças, o problema é que a pessoa que prega esta etiqueta tem 13 anos".

. Você sabia que em pouco tempo, um em cada dois homens terá câncer e uma em cada três mulheres também?

. Você sabia que a Monsanto, junto com o Governo estadunidense, usando o agente laranja, um herbicida tóxico, causou mais de 50.000 crianças deficientes no Vietnã? E centa de milhares de civis com câncer?

.Você sabia que pode patentiar qualquer coisa viva, exceto um ser humano completo?

Bem, além disso, Michael Moore, Naomi Klein e muitos outros dando depoimentos sobre a instiuição dos nossos tempos: The Corporation.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O PSOL e o pessoal

Não é mais novidade para ninguém que a vontade de Heloísa Helena é disputar uma vaga no Senado. Esta semana ela deu declarações justificando a escolha que, além de pessoal, é quase unanimidade no partido.

A vereadora de Maceió ressaltou que a escolha de seu nome para a disputa do senado e não para a presidência não se dará por motivos "eleitoreiros". Ela lembrou que em 2006 foi para uma disputa, sem possibilidades de vitória, sem mandato e mesmo assim assumiu a tarefa.

O que esquece HH é que naquela época o partido ainda tinha garantido uma vaga no senado, com Ivan Valente, coisa que agora se complica. Está claro: a posição do PSOL está com um olho nas receitas do fundo partidário e o outro nas verbas para senador.

Mas, até agora nenhuma novidade. Coisa nova mesmo é a tentativa de HH de costurar uma aliança com o PV. Sim, o PV que "tabela" com Kassab em Sampa e com os usineiros em Alagoas.

Heloísa pretende trabalhar para a conferência de março do próximo ano, quando o partido define todas as alianças para as eleições, a viabilidade do apoio à Marina Silva, sua amiga pessoal desde os tempos de PT. Difícil será convencer os militantes das enormes divergÊncias regionais.

Um que precisará ser convencido é o seu companheiro de partido e de câmara: "eu acho que uma aliança com o PV corta a idéia de alternativa radical a que o PSOL se propõe. O PV é um partido que a própria formação, até em Alagoas, não tem nada a ver com um partido socialista e de esquerda como o PSOL", palavras de Ricardo Barbosa.

A concordância com HH está na disputa para o senado, Barbosa concorda com o nome de Heloísa, diferentemente dos partidos aliados, em especial o PSTU, que já informou em nota que defende uma candidatura com Heloísa para presidente e José Maria, sempre ele, para vice.

"Se a minha opinião não for aprovada, irei me dobrar a decisão da conferência", mais palavras de Barbosa, que podem demonstrar que os ventos estão mudando no PSOL. Quer outra? Ricardo faz parte da maior tendência do partido, o MES (Movimento Esquerda Socialista), mesma tendência de Luciana Genro, lembou um fato importante e muito pouco debatido: HH não compõe nenhuma tendência. Será possível?

"Ela é uma magistrada do partido, mantém uma linha de independência em relação as tendências". Muito estranho. Mesmo o Lula, figura que representa para o PT, guardada as proporções, o que representa Heloísa para o PSOL, compõe uma tendência.

O PSOL, que já nasceu torto, pode estar enviezando mais rápido do que imaginávamos.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Prêmio Congresso em Foco e os parlamentares alagoanos

O ótimo site Congresso em Foco (http://congressoemfoco.ig.com.br/index.asp) está realizando uma eleição para escolher, entre outras coisitas, os melhores parlamentares do ano de 2009.

Não me prolongarei explicando as categorias ou os candidatos favoritos. O que acontece de pitoresco nesta disputa é a ausência de qualquer parlamentar representante do Estado na fase final.

Se apenas isso não bastasse, nenhum deputado alagoano foi sequer lembrado pelos jornalistas (que escolheram, na primeira fase do prêmio, os finalistas). Para não passar em branco, 5 ilustres companheiros de profissão votaram em Renan Calheiros como melhor senador e 4 no ex-presidente Collor.

domingo, 18 de outubro de 2009

Os Taturanas que se cuidem...

A procuradora regional eleitoral Niedja Kaspary repondeu, por email, minhas indagações sobre a possibilidade do Ministério Público entrar com ação contra os deputados que trocaram de legenda. Segundo o email, a procuradoria já está estudando o caso e os 10, eu disse DEZ, deputados podem perder o mandato.

Não é o mais provável. Mesmo assim, os deputados (em especial os ex-PMN, "coincidentemente", o mesmo partido com mais indiciádos na Operação Taturana - operação da Receita Federal do Brasil, junto com a Polícia Federal e o Ministério Público, de combate à sonegação fiscal, à obtenção fraudulenta de financiamentos bancários e à lavagem de dinheiro. Segundo a Receita, foi identificada uma estrutura criminosa que atuava na Assembléia Legislativa de Alagoas e teria causado prejuízo de R$ 200 milhões aos cofres federais nos últimos cinco anos e que afastou os deputados Antonio Albuquerque, Dudu Albuquerque, Cícero Ferro, Marcos Ferreira, João Beltrão, Nelito Gomes de Barros e Isnaldo Bulhões Junior, os últimso cinco ex-PMN- também "coincidentemente" o partido tinha a maior bancada do Estado) devem começar a coçar os poucos cabelos, já que sem a imunidade do mandato, podem ser investigados pela jsutiça e ai já viu...

Coloco na íntegra o que disse Niedja Kaspary. Provavelmente esta semana teremos novas movimentações.

"A Procuradoria Regional Eleitoral do Estado de Alagoas já iniciou os trabalhos no sentido de garantir o cumprimento da Resolução n.º 22.610 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de 25.10.2007 – que disciplina o processo de perda de cargo eletivo, bem como de justificação de desfiliação partidária.
De acordo com a referida resolução, quando o partido político não formular o pedido de decretação de perda de cargo eletivo em decorrência de desfiliação partidária sem justa causa no prazo de 30 dias da desfiliação, pode fazê-lo, em nome próprio, nos 30 dias subsequentes, quem tenha interesse jurídico ou o Ministério Público Eleitoral.
A mesma resolução prevê que o Tribunal Superior Eleitoral é competente para processar e julgar pedido relativo a mandato federal, sendo que nos demais casos é competente o Tribunal Eleitoral do respectivo Estado.
A Procuradoria Regional Eleitoral em Alagoas só pode agir, portanto, em relação a detentores de mandatos estaduais e municipais, cujo tribunal competente é o TRE/AL. E isso só nos casos em que os próprios partidos não tenham requerido a decretação da perda do cargo eletivo por infidelidade partidária dentro de 30 dias da desfiliação.
Como os detentores de mandato federal são julgados no TSE, quem pode pedir a decretação da perda do cargo, além dos próprios partidos ou de quem tenha interesse jurídico, é o procurador geral eleitoral.
A PRE/AL já tomou conhecimento acerca da desfiliação partidária de alguns deputados estaduais, e já está adotando as medidas cabíveis no sentido de apurar se tais desfiliações ocorreram sem justa causa e sem a anuência dos respectivos partidos.
Para não correr o risco de perder o mandato, o candidato precisa ajuizar uma ação de declaração de existência de justa causa, demonstrando que houve incorporação ou fusão do partido, criação de novo partido, mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário, ou que sofreu grave discriminação pessoal.

O trâmite do pedido de decretação de perda de cargo eletivo e da ação de declaração de justa causa está previsto na Resolução/TSE n.º 22.610/2007"




Conversa com o Governador

Na última quinta entrevistei o governador. Além de 2010, assunto complicado de conseguir respostas, ele falou de seu governo e de alguns problemas.

Quando falou de segurança pública, que não consta no jornal, foi muito claro: "até eu critico a segurança". O problema é o caminho para combatê-la.

Os número anunciados pelo governador não despertam alegria, na verdade, parecem números de quem se prepara para uma guerra: "200 novas viaturas e mais armamento para combater a violência".

Nenhuma sílaba sobre "reeducandos", ou "recuperados". Parece claro que a política de combate a violência não está preocupada com os atores da violência. Todos, inclusive nosso educado governador, parecem esquecer que os "assaltantes", "marginais", enfim, voltarão para a mesma realidade que viviam antes da prisão, isto é, se voltarem.

Segundo informações da Secretaria de Assistência Social do Estado, entre 2004 e 2006, 74 garotos foram mortos depois que sairam da casa de "reeducação" de menores, por sinal, a única no Estado.

"O Estado deveria ter unidades regionais, para tornar o adolescente mais próximo da sua família", disse o "senhor" Edmílson, que já foi diretor da unidade de "reeducação" e hoje trabalha na Secretaria.

O senhor Edmílson disse muito mais, se me permite, disse mais que o Governador. Falou casos absurdos como um em que o Governo Federal mandou verba para a construção de um campo (além do campo, os garotos contam também com quadra, piscina, cinuca).

Acontece que depois de construído, os meninos ficaram meses sem usar o campo. Sabe porque? Não tinha bola! Isso mesmo, o Estado "esqueceu" que não se joga sem bola.

"O número de adolescentes que entram na unidade de internação e sai reeducado é tão pequeno... precisamos rever nossas práticas", mais uma bela reflexão do "senhor" Edmílson.

As histórias (sim, com h) contadas por esse homem são de deixar qualquer filme ou livro de trerror no chinelo. Edmílson disse que entre 2004 e 2007, nove garotos foram mortos dentro do presídio: "não há mais porque os monitores impedem". A primeira ele ainda lembra "saudoso", foi de um menino, Picolé.

Outros relatos "curiosos" foram em relação a origem das brigas e opinião das mães dos "reeducandos" sobre a casa. O fato curioso, na origem das brigas, é que "as galeras" estão diretamente relacionas com os bois de carnaval. "Com as torcidas organizadas e com os bairros também, mas os bois é evidente", explicou o símpatico Edimílson.

Já as mães dos garotos responderam um questionário informal sobre o que achavam do local onde estavam seus filhos: "a maioria das mães acham que a unidade parece um hospital psquiátrico ou um presídio. Apenas uma disse que parecia uma escola. E era o que deveria ser né? ".

É seu Edmílson, era mesmo. Mas, enquanto os números mostrados pelo governo em relação a violência forem as novas viaturas ou o armamento novo, vou ter que ficar com sua última constatação: "quem entra neste mundo, com 25 anos está perdido".

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Novidades...

Este blog provavelmente passará por mudanças. Provavelmente, porque, como bem sabe meu único leitor, costumo mudar de idéia a cada minuto, mudar de planos eu esquecê-los, enfim, por hora, este blog passará por mudanças.

Eu provavelmente colocarei aqui aquilo que não posso, ou não cabe, no jornal em que trabalho, e alguns comentários. Não pense meu leitor fiel que sou outro homem, ideologicamente falando. Nada disso, continuo o mesmo, de esquerda, acreditando que a tranformação social será fruto da classe trabalhadora, sem colocar qualquer esperança na decmocracia burguesa, na tal cidadania ou em qualquer compreensão de mundo que retire o poder transformador da luta direta, que a leve para as cúpulas, ou para a balela da moralização das instituições.

Falo isso para justificar o fato de que este blog terá muito de tudo isto, trabalhará no que chamo de "limites da cidadania". Estou aprendendo cada dia mais sobre como funciona o mundo político alagoano e acredito que este espaço pode contribuir, sem nenhum deslumbre, para cutucar algumas figuras. Sim, porque Alagoas não pode ser considerado um Estado burguês em seu sentido pleno, quem não entende, porque meu único leitor sabe disso melhor que eu, é só procurar pela rede algum texto de Gobery Lessa e o capitalismo alagoano.

A possibilidade de cutucar todas as instituições do estado com alguma liberdade e propriedade me fez, digamos, "recuar". Resumindo: não achem que a função deste blog será moralizar as instituições. A única função deste blog é denunciá-las, deixando claro que nós, revolucionários, comunistas, socialistas, críticos, anarquistas, chamem como quiser, conhecemos muito pouco as entranhas do capitalismo.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A Mundial vai "mundializar" o mundo!

A igreja mundial do poder de deus (qualquer semelhança com a igreja universal do reino de deus, ou com a igreja internacional da graça de deus, ão é mera coincidência. As três são fruto de uma "nova" vertente do protestantismo, a teologia da properidade. E o atual dono da Mundial, é um ex-pastor da Universal) combrou quase toda a grade programação da Tv Alagoas que transmitia o SBT para o estado.

O que falar sobre isso? Não que eu goste muito do SBT, tirando as séries da madrugada, não tem nada que eu sinta falta. Mesmo assim, os neopetencostais estão dominando o mundo. É mais 80% da programação de propaganda. Isso é, inconstitucional, imoral e vários outros "al".

Aproveito e publico matéria do site comunique-se sobre o assunto:

SBT diz que tomará medidas contra a TV Alagoas por interromper programação

Da Redação

O SBT informou que já está tomando medidas jurídicas e administrativas contra a retirada do sinal de sua programação pela TV Alagoas (canal 5). A TV alagoana deixou de transmitir, no dia 14/09, o sinal do SBT para veicular programação da Rede Evangélica comandada por Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus.

A emissora se disse surpresa pela ação da TV Alagoas, que quebrou o contrato sem qualquer aviso prévio. “O SBT foi surpreendido, assim como toda a população alagoana, após saber por meio de notas publicadas na imprensa e por mensagens de telespectadores, que o sinal que transmite a sua programação foi retirado do ar.”

O diretor de rede do SBT, Guilherme Stoliar, se reuniu nesta semana com o ministro das Comunicações, Hélio Costa, para discutir o avanço das igrejas evangélicas na programação da TV Brasileira.

Em editorial, A TV Alagoas culpou a falta de repasse de recursos do governo estadual como uma das causas para a venda da programação.



fonte: http://www.comuniquese.com.br/

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Sobre Zina

Recebi de um amigo uma indicação de vídeo do youtube. Desses engraçadinhos, com mais um personagem pobre, com linguagem mais que coloquial, enfim, um brasileiro nato. O cara é o fenômeno que não conhecia. O simples fato de falar "Ronaldo" o tornou um mito-midíatico-instantâneo.

Já o tratamento que ele recebeu do programa que o transformou em mito..........

Nem sei, talvez ele tenha mais é que agardecer! Terá casa nova (será?), é uma celebridade, conheceu... Ronaldo.

Contando para quem não conhece: O programa Pânico na TV fez uma matéria reivindicando uma entrevista com o fenômeno. Mostrou alguns torcedores desejando boa sorte, essas coisas, ao jogador. Ai, num truque de edição, mostrou um negro, de cabelo loiro, olhando para a camêra... depois de alguns segundos ele diz "Ronaldo". Pronto! Foi o suficiente para transformá-lo!

Em que? Horas! Em alvo de piada! É o novo palhaço ambulante! Pelo menos para os "engraçadinhos" do programa. O ponto alto do aparecimento de Zina não está em sua frase celebre, ou no encontro com o ídolo. Está na visita ao programa.

Zina foi levado ao estúdio onde o programa é gravado. E, enquanto falava de suas mazelas (a casa de aluguel em que mora e a mãe que paga, a dificuldade de relacionamento), todos riam, riam muito e alto. A imagem é simplesmente absurda!

Como muitos homens na terra, depois de muito sofrer, perdeu a fé em Deus: Nem sou católico nem crente, sou corinthiano". Lógico! O futebol é sentido na veia desse homem, assim com as marcas que a desigualdade deixou. Agora vocês dão risada! Amanhã seremos nós!

ps: os vídeos

http://www.youtube.com/watch?v=NWQ53N0A9jQ
http://www.youtube.com/watch?v=RjgZHbJQiok&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=BRwY9pt3D0s&feature=related

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Cacá Diegues

"Não existe nada mais parecido com o Brasil que o cinema brasileiro. O país montou uma economia de concentração de renda, e ela reagiu no cinema".
"Da classe média pra cima, ninguém quer ser brasiliero".

Essas são algumas das frases de Cacá Diegues em sua entrevista para a Playboy em julho de 1999. A entrevista tem tanta coisa, que resolvi colocá-la em separado. A revista chega a chamá-lo de mico-leão-dourado por ser um cineastra brasileiro de sucesso. A afirmação não faz mais tanto sentido hoje, temos Walter Salles, Fernando Meirelles e outros que mostram que Cacá não está mais solitário. Na época ele disse: "para fazer cinema no Brasil tem que ser um pouco megalômaníaco. É como ser astronauta no Paraguai".

Cacá mostra em seus filmes um Brasil ora rural, ora urbano, às vezes contemporâneo, outras vezes visto pelo ângulo da História, mas sempre conturbado, controvertido, miscigenado, à procura de um papel e de uma solução.

Cacá critica o preço do ingresso por excluir o público potencial do cinema brasileiro, o que não lê legenda e se identifica com o que está na tela: "porque da c lasse média para cima ninguém quer ser brasileiro".

Falando sobre a produção cinematográfica dos anos 80, Cacá acredita que essa geração ficou devendo os grandes temas. Não que eu discorde dele, mas pergunto: e hoje? Ainda é a classe média que vai ao cinema. os tais grandes temas estão ai. O que muda se os caras falam da periferia para a classe média?

Cacá também fala das novelas e cita Daniel Filho, que para ele juntou o Centro de Cultura Popular e Hollywood e transformou na dramaturgia moderna. Não à toa Dias Gomes e Janet Claer, que eram de esquerda, eram os grandes nomes. Então porque a novela vem perdendo audiência? Para ele, o motivo é "um Brasil sufocado que vem à tona, seja no Ratinho, ou em qualquer outro lugar. O cinema brasileiro deveria ser uma versão nobre disso".

Comentando a movimentação dos anos 60 Cacá critica a não existência de uma imagem brasileira: "a chanchada não a criou porque era uma paródia do cinema americano. Vem Nelson Pereira dos Santos, faz Rio 40 Graus e explode um modernismo tardio, que vai dar no cinema novo. Quando se está chegando perto de produzir uma imagem do Brasil... Pinba! O golpe proíbe isso. Aí a Tv toma conta". Problema, Glauber, Darci Ribeiro, Jango! Perdemos essa geração e não sobrou quase nada!.

Segundo a Wikipédia, onze filmes foram produzidos no Brasil em 2008. O poruqe dessa informação? Graças a esse comentário de Cacá Diegues: "no fim dos anos 70 eram 100 filmes, no início dos 90, quatro filmes por ano!".

O diretor de Xica da Silva fala sobre a crítica de cinema. Reclama não do fato de falarem mal de seus filma, mas sobre a não-reflexão sobre os filmes, reduzindo uma obra a um número de estrelas: "minha crítica negativa a crítica de cinema e que, com algumas exceções, ela é impressionante, superficial e inculta. Vive do achismo, não consegue ver no filme as relações que ele tem com a realidade".

Diegues fez parte do momento mais criativo do cinema nacional: o Cinema Novo: "O cinema novo foi o único movimento que nasceu antes dos filmes. Éramos contra um modelo hollywodiano, comercial, convencional. A gente adorava neo-realismo, o Eisenstein, Orson Welles, se identificava com a Noqvelle Vague francesa. Tinhamos uma plataforma mais modesta: só mudar a História do Brasil, do cinema e do planeta".

Está claro que o que aqueles caras queriam era mais que fazer cinema, era ser militante: "o que nos unia era uma grande vontade de falar do Brasil, é um erro ver o Cinema Novo como um fenômeno unívoco, compacto. A minha militância, por exemplo, era de cristão de esquerda. outros vinham do Partido Comunista, outros eram liberais, outros socialistas, tinah de tudo".

Mais que uma profissão, mais que fazer cinema, era militante. E militante em qual sentido? "Essa foi a extraordinária invenção do cinema novo: uma imagem do Brasil". Assim como fizeram Mário de Andrade, Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Hollanda, Darcy Ribeiro e outros.

Entre os caras que construiram o cinema novo, um era o maior destaque, Glauber Rocha: "Ele era o melhor de todos nós, o melhor sofre mais. Ele vivia em função de um projeto que tinha para o Brasil e do qual não abria mão".

Não dá pra falar de cinema e não lembrar de hollywood: "uma das coisas que caracterizam o cinema americano é falar da América. E daqui a 100 anos a gente vai relacionar o século XX com hollywood assim como relaciona a antiguidade com o teatro grego".

Política e vida pessoal também são temas ricos na vida de Cacá Diegues. cacá fala de seu tempo com Nara Leão, o que pensa sobre a esquerda e os mandatos de FHC. Em tópicos:

.Sobre a esquerda: "desde o modernismo de 1922, a esquerda tem sido hegemônic na cultura brasileira mesmo nos momentos de ditadura.

. Sobre política e transformação: "as coisas não se resolvem mais na esfera do poder político. O século XIX preparou o mundo para o poder político e o século XX fragmentou esse poder pelas estruturas econômicas, sociais e culturais".
. Sobre Nara Leão: "Ela era muito original, inovadora. Acho que a cultura e a música brasileira devem mais a Nara do que tem dado a ela como homenagem e respeito.

Para terminar: " O que eu esperava do segundo mandato? Que falasse: 'conquistamos a estabilidade da moeda, agora vamos dar um passo à frente, tirar o Brasil dessa merda, dessa miséria pavorosa, recuperar o sentimento de que existe um projeto de país neste território". Tá achando que ele tá falando do Lula? Nada disso.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

minhas playboys



Angeli - Setembro de 2006




Uma manhã. Uma turma boa. Barra Nova era o lugar. Brincávamos de Sim e Não (você encarna uma pessoa e os outros tentem descobrir quem você é). Pois é, uma amiga, mais que amiga, me inventou de ser a Rebordosa, foi a única vez que ninguém acertou. Eu fiquei quieto, nem sabia quem era a fulana. Quando cheguei em casa, descobri que era uma das crias de Angeli. Meu último personagem da séria minhas playboys. E começamos com como ele criou a tal:

"Eu havia tido uma noite de viração - eram os anos 80 - e minha mulher na época, a Márcia Aguiar falou: 'Ih, você tá de rebordosa, hein?'... eu tinha que mandar a tira para o jornal até as oito da manhã. Eu estava imprestável e falei: 'não vou conseguir desenhar uma tira com começo, meio e fim. Vou desenhar uma pessoa de rebordosa'... daí eu desenhei a personagem na banheira, conversando ao telefone e perguntando: 'o que eu fiz ontem à noite?' A pessoa responde que ela bebeu muito, subiu na mesa do bar, tirou a roupa e dançou. Ai ela afunda na banheira e a água transborda".

Sobre Lula: "Não acho que ele seja de esquerda. Agora ele é um cara de centro. O Lula se transformou em esquerda na porrada". Tu jura que ele foi de esquerda? Se ele já fez na vida um certo discurso é porque não era bobo. Ele sempre foi isso ai.

O encontro com Sarney: "De repente me vejo dentro do Gabinete do Sarney. Eu disse minha frase de sempre: 'já fiz muita charge com o senhor'. E ele: 'eu sei, mas você é o melhor'. Pensei: 'meu Deus!, minha vida está indo por água abaixo'. Quero que esse bosta n'água me odeie".

terça-feira, 16 de junho de 2009

minhas playboys




Lars Grael - Maio de 1999





Um dos maiores iatistas do Brasil. A entrevista foi pouco tempo de perder uma perna num acidente banal. Lars vai falar de esporte, política, outras coisas, mas aquilo que mais marca nessa entrevista é: ele não sorriu! Em nenhum momento ele sorriu. Era compreensível.

. Religião: "quando uma religião caminha para o fanatismo, ou quando alguém acha que só sua religião é correta, a sociedade sofre efeitos nocivos. A maior parte das guerras que a humanidade teve foram por motivos religiosos. Muitas vezes a crença exagerada leva ao ódio e a intolerância. Hoje podemos observar o que acontece no Oriente Médio, a perseguição aos cristãos em apíses como a Indonésia e o Paquistão, o que aconteceu na ex-Iuguslávia a antiga questão da Irlanda do Norte. Tudo isso é horrível. A intolerância religiosa ainda é um dos principais males da humanidade". Faz sentdo, desde que não se divida a questão religiosa da politico-econômica.

. O reencontro com o causador do acidente: "fiquei aliviado quando ele me estendeu a mão. Por pior que tenha sido seu comportamento antes, aquilo foi um gesto nobre. Um ato de educação, de cidadania. Não hesitei em estender a mão também. Não tenho ódio dele. Mas é preciso ficar claro que eu não estava lhe dando o perdão". Uma mão estendida não é perdão, pode ser tanta coisa... até média inclusive!

. A vontade de tomar Coca enquanto estava na UTI: "estando ainda fraco, tudo o que se quer é algo doce na boca. Me vinha à cabeça uma latinha de Coca-cola como se fosse a essência da vida. Um gole de Coca-cola para mim seria a coisa mais gratificante qu epoderia receber naquele instante... quando, pela primeira vez, me deram um gole de Coca-cola, foi uma satisfação muito grande". Quer propaganda melhor que essa? Cadê os caras que fazem as campanhas da Coca? Pega o cara!

. Sobre admiração política: "Fui e continuo sendo um admirador do Luis Carlos Prestes, tenho muita admiração pelo Oscar Neemeyer, tinha idolatria pelo Darcy Ribeiro". Desses, o Darcy Ribeiro jogava no meu time!

. Em quem votou em 89: "Brizola e (no segundo turno) Lula".

. Esquerda ou direita? "(depois de 89) de lá pra cá, perdi um pouco desse meu entusiasmo em apoiar a esquerda, porque acho que a esquerda brasileira vem falhando muito estrategicamente".

Quem é João Emanuel Carneiro?

O que Central do Brasil, Orfeu, Deus é Brasileiro, Os Maias, a primeira novela com um protagonista negro tem em comum? Exato! João Emanuel Carneiro. A novela A Favorita acabou, os beijinhos doces já foram substituídos pelo "o que esse hindu tá falando ai? desculpa também não entendi". Os sertanejos pelos indianos, flora, fauna donatela e outras dores, deram lugar à maya, e vários nomes que nem me atreverei a escrever errado. E assim um parágrafo sobre João Emanuel Carneiro chega ao fim sem dizer nada dele. Quem disse?

João trabalhou como colaborador em filmes como Deus é Brasileiro e Orfeu, além de mini-séries premiadas, no caso, Os Mais e a Muralha. Foi também colaborador de um dos principais filmes do cinema brasileiro. Junto com Marcos Bernstein, deixou o diretor Walter Salles com a faca e queijo. Além dos trabalhos premiados o cara também teve sucesso na TV com o público. As suas duas novelas das sete (as duas maiores audiências, no horário, do século) possuiam protagonistas negros. Nada que garante qualquer conquista para o movimento negro (que mesmo assim comemorou o faot, acredite!), as novelas não garantiam nada de novo: ricos complexos, pobres engraçados.

Em A Favorita o autor estreou no horário nobre. Nada muito promissor: a estréia foi a pior audiência da estória das novelas das oito. Depois, com a ajuda das pesquisas de opinião, a novela se recuperou e em cada canto do país as pessoas cantavam que beijinho doce elas tinham. Aqui uma ressalva: como uma dupla que bombou no país só tinha uma música? Seria um fenômeno da velocidade das celebridades instantâneas? Uma cena não me sai da cabeça: Flora compra uma coleção completa de todos os discos da dupla, Ela escolhe um, coloca no vinil e...e... é beijinho doce! Como assim? que coincidência!

João Emanuel Carneiro segue o caminho dos que vieram antes. Talento e capacidade para produzir algo reflexivo, mas mão-de-obra a serviço da alienação e do entretenimento não-reflexivo. Bom para a Globo e a sociedade da palavra única. Mais uma vez eles mostram que o central nesse mundo é o econômico. E eu que posso escrever um texto só com conversa fiada.

minhas playboys


Tasso Jereissati - Janeiro de 1998




Quando ainda era governo (mas sem conseguir transpor o velho chico para ajudar seus amigos criadores de camarão), o Senador Tasso Jereissati foi entrevistado por Playboy e falou sobre...
Lula. Tudo bem, falou de outras coisas também.

. Sobre Lula: "no período mais ocnturbado do governo Collor pensávamos numa alternativa para o país. E imaginávamos que a grande saída seria uma aliança entre PSDB e PT. Diria que Lula foi praticamente viabilizado como candidato a presidente da República dentro dessa coligação". Tanta coisa pode se falar dessa frase. Podemos dizer, por exemplo, que a velha direita não temia o Lula desde sempre, provavelmente sabendo que ele não era muito diferente dela, a diferença estava apenas na origem. Uma aliança PT/PSDB? Os dois lados da mesma moeda de um mesmo lado? Seria engraçado para a militância.

. Mais Lula: "nós tinhamos medo de que o PT exigisse de Lula coisas que poderiam inviabilizar o governo. Com certeza não são coisas que o Lula pensa, mas que acontecem no partido dele." Vejam só! Em 98, muito antes da carta aos brasileiros, Tasso já fazia uma análise quase que perfeita do PT: um partido com uma enorme militância, mas com Lula e seus comparsas! Mais uma vez, só não vê quem não quer.

. PFL, coronelismo e aliança: "Essa conversa sempre vai desembocar na figura do Senador ACM, aí é preciso considerar um detallhe importantíssimo: ninguém é tão forte no seu Estado sem ter sido excelente administrador." Ai que contradição! O próprio Tasso bate no peito para dizer que expulsou a oligarquia que governou seu estado por tanto tempo. Então eles também eram cheios de boa vontade? Ou só meus aliados são assim?

. Collor de volta? "Pode ser que volte em Alagoas. O estado passa por uma confusão tão grande que qualquer aliança assim, populista, pode ter vez. No plano nacional, foi um pesadelo tão grande que acho que a história há de guardá-lo e tornar a repetição impossível". Ai como morre pela boca!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

minhas playboys


Larry Ellison -Setembro de 2002






Para quem não sabe, LArry Ellison é, empresários dono da Oracle e dono da quarta maior fortuna do mundo. A Oracle é uma empresa do ramo da computação, softwares, essas coisas. Ele falou um bom bocado de seu ex-amigo Bill Gates.

. Sobre a Microsoft ter quebrado a Netscape: "Gates acredita não ter feito nada errado. Ele acha que as regras não se aplicam a ele. Ele realmente acha que o que é bom para a Microsoft é bom para os EUA". Pois é, como diria Ivo Tonet, ética de mercado é assim!

. Sobre terrorismo: "Eu me preocupo mais com o Al Queda do que com os republicanos, e eu sou democrata". Enfim, que lê esse blog sabe que democratas e republicanos são faces (ou fezes) da mesma moeda. Eu tenho muito mais medo dos democratas que da Al Queda, do Hamas e da Mancha Azul juntas! E olha que sou de esquerda!

. Sobre controle da informação: "A informação é agnóstica. Pode ser usada inapropriadamente, mas no geral nosso governo tem um belo histórico em usar a informação e se comportar bem nesses 200 anos". É mais fácil ele me fazer acreditar em CSA na série C!

. Sobre Bush: "ele é brilhante, determinado, focado". Um ano após a queda das torres faz sentido esse absurdo. Hoje, no máximo ele é bom pai, marido...

. Sobre os americanos: "todos nós que vivemos neste pais consumimos muito mais do que precisamos, mas tudo bem. Nós conquistamos isso". Vocês conquistaram a crise também! Quero ver falar isso agora!


minhas playboys

Eliana (Novembro de 2000)

Eliana era apresentadora de programa infantil, ainda namorava Roberto Justus e dizia, a inocente, que ele não queria ser famoso (fala isso pro "cantor" agora!). Vamos aos pontos mais interessantes:

. Sobre o primeiro encontro com Roberto Justus: "Lógico que comprei roupa nova, langerie nova." como assim lógico?
. Ainda sobre o mundo pararelo em que vive Eliana e sua futilidade: "É que você anda naquele Rodeo Drive, as lojas com coleções saindo do forno e pensa: 'nossa, o que eu tenho no hotel tá ultrapassando', claro que não estava. Era um Christian Dior novíssimo, só tinha vindo um para o Brasil".
. "Eu sei que se quiser encantar com um sorriso, eu consigo. Posso estar com calça jeans e camiseta." Qual o problema da calça jeans e da camiseta? Eu jurava que minha calça jeans até ajudava a conquistar as pessoas.
. "E ser artista el enão vai querer ser nunca porque o trabalho dele é ser publicitário". Como Eliana se enganou ao falar de, na época, seu namorado Roberto Justus. Apresentador, cantor... ele não quer ser famoso? Tá bom.
. Falando sobre programas infantis, Eliana entra em contradição. Todos sabemos (e o Silvio Santos mais e antes de nós) que é o desenho que bomba a audiência. Nem a Xuxa se segurou na programação diária da Globo porque não tinha desenho. Sim, a contradição: "O Silvio (Santos) sempre acreditava que o que dá ibope é desenho". Depois: "eu tinha todo o aparato, mas não tinha o desenho". Na primeira ela está falando de sua saída do SBT, justificando que aparecia pouco porque Silvio Santos, segundo ela equivocadamente, achava que era o desenho que dava audiência. O mesmo aconteceu com Jaqueline Petkovic. Depois ela se esquece de falar o que, realmente deu certo no seu programa na Record: o Pokemon!


domingo, 7 de junho de 2009

minhas playboys

Eu lembro como hoje: eu tinah treze anos, na capa Vanesssa Lombardi, uma dessas panteras. Fantástica! Eu, descobrindo meu corpo, ela toda descoberta. Lembro-me de meu amigo Sérgio, hoje casado morando em algum lugar de São Paulo, chegando na minha casa com a revista, que dividimos o valor, dentro da mochila, todo desconfiado e eu idem.


Sérgio, Vanessa Lombardi, como foi boa minha pré-adolescência! Enfim, não é sobre isso que quero falar, vou falar de uma das mais respeitadas colunas de entrevista do editorial brasileiro: as entrevistas de playboy. Estou me desfazendo de minhas revistas e antes da despedida, fiz o que nunca fiz: dei uma boa lida na revista. Decidi fazer uma sessão aqui no blog chamada "minhas playboys". Já passou por aqui uma farse de Fernanda Takai, depois virão Eliana, Angeli e outros. Destaque para Caca Diegues.

Em breve..

sábado, 30 de maio de 2009

frases homéricas

Dando uma passada de olho no meu email, percebo uma frase que serve prefeitamente para o meu atual "estado de espírito": "Amar e mudar as coisas me interessa mais". Só não sei se a frase é de Belchior ou Engenheiros do Hawaii (melhor dizendo, Humberto Gessinger e banda). 

sexta-feira, 29 de maio de 2009

frases homéricas

Eu sei, o blog de futebol é o outro, mas a frase não pode ser reduzida a questão futebilístca. O jogador Piqué (atua pelo Barcelona, além de catalão) na comemoração do título espanhol disse: "Un bote, dos botes, madridista el que no bote" que na tradução do blog buela de capotón ficou assim: "ista, ista, ista, quem não pular é madridista".

terça-feira, 26 de maio de 2009

frases homéricas

A última de Marjane: "Acho que preferia correr sério risco a enfrentar minha vergonha. A vergonha de não ter me tornado algúém, a vergonha de não ter deixado meus pais orgulhosos depois de todos os sacrifícios que eles fizeram por mim. A vergonha de ter virado uma niilista medíocre."

domingo, 24 de maio de 2009

frases homéricas

"Coisas que não farei no próximo ano: trocar de mulher também não vou. Precisaria ter alguma para fazer isso. E, se conseguir uma que me aguente, não largo mais. Se, de quebra, rir de minhas piadas infames, até caso." Ulisses Tavares

sábado, 23 de maio de 2009

frases homéricas

Ivete Sangalo, em 2002, soltou essa sobre sua incapacidade de falar em política: "sempre busquei ficar longe disso, de qualquer político". Engraçado, não foi bem isso que pareceu acontecer em 2007 quando a mando de um de seus patrocinadores, aPhilips, ela desfilou na passeata do "cansei".

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Deixem meu vício em paz!

Eu tinha um texto sobre vícios conscientes prontinho, mas, como quase tudo na minha vida bagunçada, eu o perdi. Mesmo assim a reflexão cabe, principalmente agora que o governador de São Paulo assinou um projeto de lei que proibe o fume em ambientes coletivos.

Antes de comentar a notícia digo que sim, sou um fumante. Quando vi a notícia, logo me lembrei de uma matéira da Carta Capital sobre o reflexo, nos pares de Paris, de uma lei que restringia os espaços para fumantes. A matéria contava um caso engraçado: os bares que disponibilizaram espaços para fumantes perderam freguesia para os que mantiveram os espaços livres para os fumantes.

Eu não tenho nada contra a lei, tenho sim em relação a diferença de tratamento entre o consumo de tabaco e o de álcool. Enquanto não se pode mais fazer propaganda de cigarro, as mulheres nuas continuam povoando o horário nobre da TV e as melhores páginas de jornais e revistas. O Ferrez é muito bom ao falar sobre isso. Não lembro muito bem as palavras, mas ele diz, basicamente que enquanto se proíbe a venda de certas drogas, para tentar manter os "playba" na linha, "nóis" da periferia contuamos vendo os cara chegar bebado em casa e bater na mulher.

Todo um arsenal de comidas industrializadas estão ai, causando diversas doenças, principalmente do coração e o que acontece? Horas! A Sadia e a Perdigão tornam-se um super monopólio fazendo corar os defensores da livre concorrência e do mercado.

Não venham me dizer que é em nome da saúde pública! Se quer proibir quilo prejudica a saúde, bora fechar as empresas de alimentos, acabar com o deserto verde de soja, colocar tudo na mão do pequeno agricultor (pra começar). Meu cigarro faz mal? O que você anda comendo também!

frases homéricas

voltando com as frases homéricas depois de um tempo de reflexão...

"templo é dinheiro", frase de Roni Porrada retirada da coluna de Palmério Dória em Caros Amigos.

Minha irmã, o teatro e Augusto Boal

Quantas peças de teatro assisti? Não sei, foram poucas. Minha irmã tem a mente mais "artística" que eu, gosta de teatro, não sei bem o motivo, espero apenas que não seja por causa da fama televisiva. Mas qual o motivo de está falando nisso? Ah! Claro! Me lembrei de um livro que mudou minha visão sobre o ato de interpretar, O Teatro do Oprimido de Augusto Boal. 

O livro não fala apenas da figura do coringa, inventada por ele, ou das linhas teóricas que embasavam o teatro em e seus vários momentos históricos, o teatro do orpimido é mais que a quebra da relação ator espectador, é a idéia de que cultura e militância podem andar juntas, uma resignificando a outra, de maneira plenamente dialética.

Pois é, Augusto Boal morreu este mês, aos 78 anos, 50 deles dedicados ao teatro. Do teatro de Arena até o Centro de Teatro do Orpimidp (CTO), Augusto dedicou sua vida ao combate à cultura não reflexiva.

Auguso Boal mostrou que o teatro é um espaço de disputa de hegemônia, muitos acreditam nisso e fazem parte dos disseminadores do teatro do oprimido. Minha irmã quer fazer teatro...que Augusto Boal esteja com ela e a Malhação bem longe!

 

quinta-feira, 2 de abril de 2009

musica: região centro-oeste

A tarefa não é das mais difíceis: conhecer música de cada um dos estados do Brasil. Sim, com a internet, é só digitar "música acre" que alguma coisa vai aparecer. Então, foi mais ou menos assim que comecei minha caçada. Primeiro defini como iniciar: seria por regiões, e, por algum motivo, a primeira foi a região centro-oeste. O "algum motivo" talvez tenha sido a primeira banda, Macaco Bong.

Ouvi falar dos caras em algum lugar, depois ouvi e comentei com um amigo. Ambos adoramos aquele "rock sem palavras". No site Trama Virtual, encontrei isso sobre eles: "Baseado na desconstrução dos arranjos da música popular em seus formatos convencionais e aliada à linguagem das harmonias tradicionais da música brasileira com jazz/fusion/pop e etc, o Macaco Bong sempre busca nunca concretizar rótulos relativos às variedades nas vertentes dos gêneros musicais em suas composições, tudo isso aplicado tanto na estética quanto no conteúdo do rock’n’roll ".

Depois do Macaco Bong, o jeito foi permanecer na região. A segunda banda foi encontrada da maneira mais simples. Digitei Rock Goiás e, depois de uma pesquisa rápida, encontrei a banda Casa Bizantina. Um rock agressivo, boas letras, enfim, deixemos que eles digam: "Preocupada em valorizar os elementos regionais/nacionais, a Casa Bizantina tenta, em suas composições, resgatar a cultura genuinamente brasileira, mesclando-a com componentes musicais universais e bastante atuais. O resultado da virtuosa mistura - que liquidifica influências de Led Zeppelin, Kiss, Police, Red Hot Chili Peppers, Rage ATM, Bob Marley, Luís Melodia, O Rappa, Gilberto Gil, Barão Vermelho e outros - é um estilo original, quase visceral, que acabou ficando conhecido pelo público local como Reggae-Funk-Metal."

No mesmo momento em que descobri o Macaco Bong, veio, no mesmo barco, aquilo de mais interessante que ouvi esse ano. O som vem de Brasília, mas, ela nem é amarela, nem Rock estilo Legião. Móveis Colonias de Acaju é dessas coisas que soam singular, perder tempo tentando definí-lo é besteira, recomendo ouvir. Enqaunto isso, eles sobre eles: "Com nome baseado em evento histórico – um conflito entre índios e portugueses contra os ingleses na Ilha do Bananal – Móveis Coloniais de Acaju é uma banda de estilo singular. Ao que já foi autodenominado, em termos gastronômicos, de 'feijoada búlgara' é possível perceber rock, ska e a influência de ritmos de todo o mundo e da música brasileira."

Para o fim, uma surpresa, vinda diretamente do Mato Grosso do Sul, mais especificamente de Campo Grande, para ser mais específico ainda, do curso de Zootecnia. Explico, ou melhor, eles explicam: "Rodolfo havia sido transferido para a mesma universidade de Maria Cecília, onde cursava o 2º ano de zootecnia e, por coincidência, na mesma sala de aula. Este encontro proporcionou a formação da dupla Maria Cecília & Rodolfo."

Eles tocam aquilo que faz mais sucesso na região: música sertaneja. Fazem parte da nova geração, essa de Victor e Leo, Jorge e Mateus e CIA. Essa galerinha jovem se autointitula sertanejo universitário. Não sei bem a diferença para o outro sertanejo. Talvez algumas letras que lembrem o sertanejo, o caipira. Eu acredito em jogada para abocanhar o público mais jovem mesmo. O som com muita viola, acordeon, e letras de amor romântico levaram a dupla aos quase cem mil acessos no site de busca de letars vagalume, isso só no mês de março.

frases homéricas

"Eu vivi uma revolução que me fez perder uma parte da família. Sobrevivi a uma guerra que me afastou do meu país e dos meus pais... e foi uam banal história de amor que quase me levou embora". (Marjane, no Hq Persépolis, de novo, falando como as coisas do coração podem ser devastadoras...)

segunda-feira, 30 de março de 2009

frases homéricas

"Brega? Não sei o que é brega. Outro dia eu estava escutando o disco da Perla no carro". (Fernanda Takai, vocalista do Pato Fu, falando sobre um de seus gostos musicais. Frase retirada da Playboy de Setembro de 2006. Tu não lê a Palyboy? Tá perdendo um baita conteúdo jornalístico!)

sábado, 28 de março de 2009

frases homéricas

"Os comentários são de estupefação, com gente exagerada, desavisada e/ou irônica comparando: 'Imagina! É como se o Fernando Collor de Mello voltasse a ser eleito para cargo público no Brasil!"' (reirada do otimo blog, sobre futebol espanhol, buela de capotón, sobre a possível candidatura de Ramón Calderón (que renunciou, em fevereiro, acusado de fraudar uma assembléia) para a presidência do Real Madrid, eleições que devem acontecer em junho. Imagina! O Collor eleito no Brasil? Como mostra aquela propaganda da OI, o brasileiro aceita tudo, menos pagar multa para mudar de operadora! O que a Oi tem a ver com Collor? A palavra privatização pode ser um bom começo.)

sexta-feira, 27 de março de 2009

frases homéricas

"Verdadeiros hippies ainda acreditam que deixar os outros rezar para qualquer deus, dormir com qualquer adulto que concorde, comer, beber ou ingerir o que quiser e dançar com qualquer música. Verdadeiros hippies são evolucionários, não revolucionários. Nós convencemos os outros com palavras, não com arma. Acreditamos apaixonadamente em democracia e livre-iniciativa (mas não no capitalismo)." (Frase do escritor John Basset McCleary na Playboy de agosto. E eu jurando que ser hippie era viver largadão, usar aquelas roupas coloridas, "fumar um", fazer aqueles artesanatos... parece que é muito, muito mais!)

quarta-feira, 25 de março de 2009

Cultura x Dinheiro ou O fim da "discografias"

Acesso a cultura e ao entretenimento. Esse é o discurso dos defensores da "revolução digital". Revolução, palavra cara , deveria ser usada com mais cuidado e está na boca de poucos! muitos proclamam: "a nova era chegou". Será? O que aconteceu no último dia 16 de março é uma amostra de que as coisas não são tão bonitinhas assim não.

Em Setembro do ano passado, tivemos a "grande" Biscoito Fino conseguindo vencer a queda de braço com um dos maiores blogs com acervo musical do Brasil, o Som Barato: "Neste mês de setembro de 2008 foi fechado o blog Som Barato que disponibilizava músicas para download gratuitamente. Responsável por um dos maiores e mais respeitados trabalhos de resgate, divulgação e preservação da música brasileira".

O som barato voltou, ainda continua fazendo seu trabalho de, antes de mais nada, divulgação da boa música brasileira, em especial do novo e do velho, coisas que não escutariamos se não fosse a internê e coisas que nem nossos pais conheceram. Um trabalho belíssimo que, como diriam em Prison Breack, "A comapnhia" tentou acabar.

Porém, eis que no último dia 16 eles voltaram. Desta vez, o alvo é maior, nada mais, nada menos que a comunidade "discografias". Pois é, desde segunda passada que a comunidade não oferece mais links para download. O motivo? deixe que eles falem:

"Informamos a todos os membros da comunidade "Discografias" e relacionadas (Trilhas Sonoras de Filmes, Trilhas Sonoras de Novelas, Coletâneas (V.A.), Pedidos, Dicas/Dúvidas e Índice Geral), que encerramos as atividades devido às ameaças que estamos sofrendo da APCM e outros orgãos de defesa dos direitos autorais.

Nosso trabalho foi árduo para manter as comunidades organizadas, sem auferir nenhum tipo de vantagem financeira com elas, somente com o intuito de contribuir de alguma forma para a cultura e entretenimento.

Não é com o fechamento desta comunidade e outras equivalentes que as gravadoras irão aumentar seus lucros.

Muitos artistas perderão seus meios de divulgação.

Milhares de membros terão que procurar outras atividades no Orkut que não seja o download de músicas e afins. O número de sites e blogs de conteúdo similar, mais programas como eMule, limewire, de torrents e outros P2P, cresce em progressão geométrica.

Perdem eles, perdemos todos, mas enfim, tudo em nome do dinheiro das grandes corporações. Nada em nome da cultura.

Tais entidades de defesa dos direitos autorais, como a R.I.A.A. nos Estados Unidos e APCM no Brasil, que é a representante legal de:

UNIVERSAL MUSIC DO BRASIL LTDA.;
WARNER MUSIC BRASIL LTDA.;
SONY - BMG BRASIL LTDA.;
SIGLA - SISTEMA GLOBO DE GRAVAÇÕES AUDIO VISUAIS LTDA;
EMI MUSIC LTDA.;
COLUMBIA PICTURES INDUSTRIES INC.;
DISNEY ENTERPRISES INC.;
METRO-GOLDWYN-MAYER STUDIOS INC.;
PARAMOUNT PICTURES CORPORATION;
TWENTIETH CENTURY FOX FILM CORPORATION;
UNIVERSAL CITY STUDIOS INC.;
WARNER BROS.;
UNITED ARTISTS PICTURES INC.;
UNITED ARTISTS CORPORATION;
UBV - UNIÃO BRASILEIRA DE VÍDEO E ASSOCIADAS

Sendo ainda representante de IFPI - International Federation of the Phonographic Industry e MPA - Motion Picture Association no Brasil, se dizem "sem fins lucrativos", vamos acreditar nisso, né gente? Como todos acreditam nas histórias da carochinha."

frases homéricas

" Existe pobre até no paraíso" (comentário sobre o anime/mangá bleach. Para aqueles que pensam que desigualdade social é coisa dos pecadores terrenos. Não conhece bleach? azar o seu!)

terça-feira, 24 de março de 2009

frases homéricas

"Havia também dois tipos de homem. O homem fundamentalista: barba, camisa para fora da calça. O homem progressista: barbeado, com ou sem bigode, camisa pra dentro da calça." (Marjane explicando, novamente no Hq Persépolis, as "diferenças entre um e outro tipo de homem no regime fundamentalista instalado no Irã após a queda do Xá. Pera ai! Barba e camisa pra fora? Esse sou eu!)

segunda-feira, 23 de março de 2009

frases homéricas

Tentarei, a partir de hoje, colocar uma frase por dia aqui no blog. A idéia central é que seja algo que tenha lido ou ouvido no dia em questão, mesmo que a frase seja antiga. Como não costumo cumprir minhas promessas, não adianta reclamar se as frases pararem do nada.

Aqui vai a primeira: "A verdade é que, enquanto existir petróleo no Oriente Médio, não vamos saber o que é paz..." (frase do pai de Marjan no HQ Persépolis. Não sabe o que é Persépolis? Azar o seu!)

quinta-feira, 12 de março de 2009

"Como viver na cidade com o 3º pior IDH do Brasil?" repercussão (parte II)

Antes de falar dos comentários dos "desconhecidos", só queria lembrar algumas coisinhas. O Fantástico de 8 de março voltou a falar de Traipu. Segundo a matéria: "Depois que o Brasil conheceu Dona Noêmia, ela começou a receber ajuda. Um supermercado passou a dar uma cesta básica no valor de R$ 100 por mês. Gente de todo o Brasil está enviando dinheiro e se oferecendo para dar bolsa de estudo para os três filhos dela."
fonte: http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1034147-15605,00-O+QUE+E+DESENVOLVIMENTO+HUMANO.html).

Pois é, a estória da boneca que chora, que dona Noêmia conta, serve para exemplificar bem a dramatização da matéria, até ai, algo que não consigo criticar. Primeiro por conhecer, minimamente, a linha editorial do programa. Segundo pelo mais óbvio: não é possível mostrar todo mundo. O que eu quero dizer? Simples! Dona Noêmia é só um exemplo, milhares delas estão espalhadas por Traipu e se alguém consegue dormir com a cabeça tranquila porque deu uma boneca que chora, como Maristela, eu continuo pensando nos meus amigos que se foram mesmo querendo ficar!

Segundo uma "fonte" (nem sei se posso usar esse termo, nem sou jornalista ainda) outro evento interessante está acontecendo depois da matéria. O número de carros pipa subindo e descendo aumentou. O prefeito, que não é bobo, abafa o povão até tudo voltar a "normalidade". Além disso, parece que temos traipuenses que leram meu texto e pretendem levá-lo para a cidade. Por mim, tudo bem. Só espero chegar lá vivo quando for visitar minha mãe. Um exemplo é Gilmara. Saiu de Traipu por causa do desemprego e lembrou que nosso povo é trabalhador e inteligente.

Uma solução apontada por Adriano e "indignado" foi a educação. Uma boa polêmica, mas prefiro ficar com a opinião de "anônimo". Segundo ele(a), a miséria está lá graças ao governo. Eu complementaria: governo e oposição! Pega tudo e joga no lixo! "Anjo del noche", traipuense também, disse que sentiu a mesma indignação que esse que vos escreve. Falou da beleza da cidade contrastando com o esquecimento político.

Gildo e Angela (uma conhecida que apareceu aos 45 do segundo tempo) também colocaram suas opiniões sobre nosso papinho. Sendo Gildo mais um filho da terra, tendo família em um dos povoados da cidade (Santa Cruz é o nome do lugar, tem até um bom time lá). Gildo, Gilmara, "Anjo del Noche" e "anônimo". Todos, assim como eu, possuem alguma ligação com Traipu, todos sentimos alguma indignação. todos sabemos que algo (ou "algos") precisa ser mudado!

Outra vez, coloco um comentário por inteiro, uma informação que, acredito eu, é das mais importantes dentro desse espaço, uma reflexão especial para os comunicólogos, comunicadores, enfim, multiplicadores de informação. Assim fala Ana Lúcia: "você está de parabêns por essa matéria,falou tudo que eu gostaria de dizer e que não é mostrado pelos jornais locais como você mesmo falou."
O que eu posso dizer? Pertinente! Porém, o que acham de começarmos? Se a mídia corporativa não faz (e nunca fará em plenitude e nós sabemos o motivo), "façamos nós por nossas mãos, tudo o que a nós diz respeito!"

segunda-feira, 9 de março de 2009

"Como viver na cidade com o 3º pior IDH do Brasil?" repercussão (parte I)

Foram 12 comentários aqui no Conversa Pertinente (uns repetidos, outros apagados). No site da gazetaweb mais 9, além das respostas pelo email e orkut. Uma repercussão massa. Algo que me faz até ter medo de chegar em casa, em Olho d'água da Cerca, povoado de Traipu, e ser "acidentalmente" morto, ou, pior, minha mãe querer me bater. Quero começar agradecendo ao meu pai, por ter dito que fiz a coisa certa, que sentia orgulho. Ele também é um "que foi querendo ficar", aquele que mais sinto falta.

Acabei de escrever na manhã da segunda-feira. Li, gostei e dei uma leve arrumada para enviá-lo para minha lista de emails. Era uma segunda chuvosa, mesmo assim, fui à xerox imprimir uma cópia para colocar aqui na RUA (Residência Universitária Alagoana). Volto ao computador e leio o email de Wanessa, a primeira a comentar, perguntando se poderia fazer algo. Entrei no msn e deixei uns recados dizendo que ela poderia fazer o que bem entendesse. Resultado: o "bagulho" foi parar no site da gazetaweb. Essa brincadeira que escrevo aqui é de agradecimento. Sendo assim, valeu Wanessa, por ter possibilitado uma maior divulgação.

A amiga Sara me respondeu por email. Achou massa o texto ter mostrado o que a matéria não mostrou. Jobson está morando em Fortaleza e falou dos absudos que perguntaram para ele depois da matéria. Meu grande amigo Rafael foi econômico nas palavras: "um tapa na cara". Já Isis preferiu a polêmica e uma boa dose de provocação. Ela espera que o artigo ultrapasse os limites do blog ou da academia e sugeriu que o mesmo deveria chegar ao povo de Traipu. Não há nada que eu queira mais que isso Isis. Agradeço também a Leila (que lembrou de mim quando viu a matéria), Bruno, Daiane, Bruno Félix, Salomão (que falou de meus erros gramaticais), Valdemir (que falou a palavra político três vezes num comentário de duas linhas, eles devem ter mais culpa do que imaginava!) e Guilherme (que lembrou que a saída é pela esquerda!).

Além de todos esses, três pessoas merecem destaque especial. Um é Júlio Arantes. Pelos olhos cheios de lágrimas, pela honra de ser minhas as palavras que lhe faltaram, pelo espaço no mural da Tv Educativa.

Outro é meu leitor fiel, senhor Anderson. O cara comentou no meu blog, no site da gazetaweb e ainda me mandou um email. A sua "grata surpresa" ao ler algo assinado por mim na gazetaweb foi tão grande quanto a minha.

Mas, o melhor vem de Noemia Bito. Aqui vai o que me escreveu, na íntegra:

"Homero,
obrigada pela mensagem, quase desabafo.

Em Matriz de Camaragibe, ainda em Alagoas, a prefeitura passou dois mandatos na mão de Cícero Cavalcante, cujo nome foi envolvido no processo dos Gabirus, que depois deixou na mão do vice, e hoje está na mão da esposa, mesmo ela tendo sido retirada pela justiça meses antes, mesmo o povo tendo eleito outra pessoa.

Tudo parece fantasia, mas faz o povo alagoano ser cada vez mais tido como otário. Otário. Porque já não dá para ter pena. Tá começando é a dar raiva. Seja de uma elite que se faz elite por sobre a miséria dos adultos, da expulsão dos jovens do campo, deixando pais desamparados, e dos caixões de compensado e TNT branco das crianças, seja de uma população que, consciente das safadezas dos políticos fica de mãos cruzadas ou abanando.

Vejo o mesmo na cidade de Barbalha, no interior do Ceará, de onde meus primos saem para cortar cana em outros Estados. Sinceramente, tenho até raiva de mim."

Eu também tenho raiva de mim Noemia, eu também tenho...

Esses foram os comentários dos conhecidos. Depois teremos os desconhecidos.

sábado, 7 de março de 2009

Você não vale nada mas eu gosto de você

(texto sem revisão. quem se interessa por regras gramaticais pare agora mesmo)

No último domingo, 22 de março, estiveram no Domingão do Faustão A atriz Dira Paes e a banda Calcinha Perta. O motivo? A personagem Norminha e sua trilha na novela.

Eu já sabia que a banda Calcinha Preta faria parte da trilha sonora da novela Caminho das Índias. Uns dois meses atrás, li num site que a banda seria a primeira, de forró, a fazer parte de uma trilha de novela das oito. Na época fiquei intrigado: "Ué, a novela não é sobre a Índia? Vai ter núcleo nordestino?". Nada disso, a música interpretada pela Calcinha é uma velha conhecida dos nordestinos (gostem eles de forro ou não). "Você não vale nada mas eu gosto de você" embala as aparições de Norminha.

A escolha da música parece não ter nenhuma relação com o nordestino, apontando um caminho "global" do forró. Segundo o diretor musical da novela, Mariozinho Rocha, a música foi escolhida pela própria Glória Perez (autora do folhetim): "Glória me mostrou dizendo que era a cara da personagem" (retirado de O Dia online). Norminha é uma personagem que se insinua para outros homens mesmo sendo casada.

Dorgival Dantas é o compositor. Mais que isso, o cara é o principal compositor do forró nos dias atuais. No ano passado, teve, nada mais, nada memos, que a música mais tocada em shows no Brasil (Coração), além de muitas outras como: a praia, nós dois, primeiro passo.

Pronto, já falei da banda, da música e do compositor. Da novela, a autora e sua personagem. Agora vamos ao que interessa: O que diabos uma música de forró está fazendo numa novela das oito? e mais: qual sua relação com o nordeste na novela.

Primeiro, gostaria de deixar claro uma coisa. "Você não vale nada mas eu gosto de você" é igualzinho minha relação com o forró. Eu sei que o som é problemático, mas, sei lá, eu gosto dele. Por isso, me sinto tranquilo para criticá-lo.

A música de Dorgival Dantas é de 2004, bandas como Aviões do Forró, Solteirões e Saia Rodada cansaram de cantá-la em seus shows. A letra talvez seja machista. Eu prefiro o termo vaga. Sim, porque tudo o que ela diz é que a mulher não vale nada e a mulher responde que quer ver o cara sofrer. Não se sabe porque ela não vale nada ou porque que ela quer que o pobre rapaz sofra. Como a maioria das letras de forró, dançar e esquecer que alguma coisa está sendo falada é o segundo melhor remédio (o primeiro é a analise crítica).

A personagem de Dira Paes é casada e, provavelmente, trai o marido. Digo provavelmente porque, segundo telespectadores da novela me falaram, não foram mostradas cenas dela cometendo o adultério. Apenas umas cantadinhas num jovem indiano. Então ai está: a letra serve para mostrar que Norminha não presta, mas, mesmo assim, seu marido gosta dela. Seria lindo se não fosse machista. Tenho certeza que se o traidor fosse o homem, o tema seria algo mais malandro, mostrando como o cara é conquistador. Agora, como quem trai (pior que a pobre nem traiu ainda!) é a mulher, ela não vale nada.

A escolha da música não é surpresa, mesmo sabendo que quem escreve a novela é uma mulher, pois, não é de hoje que as novelas globais discriminam movimentos sociais, pobres, mulheres homossexuais e por ai vai...

A surpresa está em quem interpreta a música. Como eu disse, a música não é nada nova (levando em consideração a rapidez com que esses fenômenos aparecem e desaparecem), e mais: quem cantava nos seus shows e em seus cd's gravados ao vivo não era a Calcinha Preta. Então, como isso aconteceu? Minha teoria é a seguinte: A Calcinha não vem fazendo shows em Sampa e aparecendo no Rio por nada. O motivo é seu novo dono: Roberto Carlos (não o cantor e sim o jogador de futebol). Na verdade ele não é bem o dono, a banda ainda pertence a Gilton Andrade, mas a produtora que divulga seus shows é do jogador. Graças a isso, o espaço na mídia nacional tem rolado com bastante frequência.

Antes da novela, a música fez parte datrilha do filme Chega de Saudade. Provavelmente, Glória ouviu a música e achou a cara de sua personagem. Só que no filme é a banda Luar do Sertão quem canta. A autora deve nem ter se importado com isso, ligou para Mariozinho e disse: "quero essa música na novela". Ele ligou para a produtora: "alguém ai canta essa música?". E, finalmente, o baixinho de Maceió começou a cantar: "você não vale nada..."

A pergunta que fica é: qual a relação dessa música com a cultura nordestina? A resposta? nenhuma! É triste saber que a primeira música de forro numa novela das oito não representa o nordeste. Pior! Denigre a imagem da mulher. Pior ainda! Eu não estou surpreso...