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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Haddad defende discussão de novas diretrizes para cursos de jornalismo

Um texto que copiei sobre o diploma de jornalismo. Eu sei, meus três fieis leitores querem saber minha opinião, mas, primeiro, eu quero saber oq vcs acham do tema?

O Ministro da Educação, Fernando Haddad, disse hoje, em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que criará uma comissão para discutir as diretrizes curriculares dos cursos de comunicação social, em especial o de jornalismo, da mesma forma que o MEC já fez com as graduações der Direito e Medicina.

Entre os possíveis assuntos que serão debatidos pela comissão está a possibilidade de criar cursos de especialização em jornalismo para que formados em outras áreas também possam exercer a profissão.

"Nós acreditamos que é um bom momento para discutir essas diretrizes e verificar inclusive quais são as competências que precisam ser adquiridas por um profissional de outra área para que possa exercer a profissão de jornalista", explicou.

Para o ministro, o aprofundameno do debate pode implicar em melhoria da qualidade do exercício profissional. "A comissão discutirá isso, sem prazo detreminado, para que o MEC tenha um posicionamento oficial sobre o assunto (obrigatoriedade do diploma para exercício da profissão). Mas essa (a formação complementar) é uma possibilidade. Um médico, por exemplo, pode fazer um após em comunicação para cobrir os assuntos de saúde, ou um pedagogo para cobrir educação", comparou.

Para o presidente da Federação Nacional Dos Jornlaistas (FENAJ), Sérgio Murilo Andrade, o momento é inoportuno para o debate. Em poucas semanas, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar ação que regulamenta a obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão.

"Pouco adianta o MEC discutir essas possibilidades se a legislação que regulamenta (a profissão) só pode ser mudada pelo Congresso Nacional", defendeu Andrade.

"É mais uma iniciativa que não contribui para o debate, mas ajuda a tumultuar. É o olhar de quem desconhece a realidade do mercado, os salários, as condições de trabalho. Um advogado vai estudar cinco anos, se formar, estudar jornalismo por mais dois anos e entrar em uma redação para ganahr R$ 1,2 mil, subir morro e levar tapa de bandido?", questionou Andrade.

Fonte: Agência Alagoas


4 comentários:

Anônimo disse...

eita poxa

Anônimo disse...

Tenho uma discussão interna enorme sobre esse assunto, especialmente porque não consigo entender como alguém pode defender tão piamente a exigência de um diploma, sem preocupar-se COMO esse diploma tem saído, e eu já te falei isso, lembra?. Não vejo porque isso não seja uma discussão necessária neste momento, como o carinha do sindicato acha. É importantíssima, oras! Ainda não me aprofundei nisso...gostaria de saber quais as razões dos defensores do diploma: o diploma é porque todos os conhecimentos teóricos (de antropologia, filosofia, teoria política, ética e etc...) e mesmo os técnicos (tele, impresso, radio..) são de grande diferencial? Se for por isso, é até aceitável. Mas olhemos para os estudantes de hoje: esses ‘conhecimentos’ estão sendo realmente relevantes quando se tornam ‘profissionais’? Ou, pelo menos, tem alguma coisa entrando de fato nas cacholas dos alunos dentro da sala de aula? Pq, sinceramente...não vejo esse peso todo.. Agoooooora..se a questão é ter menos concorrência, então tá tudo perfeitamente explicado. Não adianta ter a moralzinha do ‘ensino superior’, quando, pelo visto, a escola não está deixando os estudantes devidamente conscientes, politizados, e com a mente dilatada ao pensar em julgar certos assuntos- no minimo. Eu sei que houve bilhares e bilhares de discussões sobre a exigência, mas pelo que eu saiba, a maioria delas pairava no tema ‘liberdade de expressão’ e bababa... o diploma, de fato, não foi discutido!
Ah.. sim.. e eu defendo a exigência do diploma...rs...só não consigo defender que a defesa se transcorra com tamanha superficialidade nesse sentido.
Outra coisa, velho, defendo o MEC quanto à discussão das diretrizes, mas é abominante que essa discussão seja com o intuito de diminuir o curso desse jeito, como pelo visto estão querendo fazer (colocar o curso como uma especialização??? Que absurdoooooooo!!!! To impressionada), mas se for para otimizar a grade e melhorarrrr o curso, seria ótimo. Só que, vamos cair na real, isso daí já uma conversa sobre o ensino superior como um todo, das universidades como um todo..

Salomão Miranda disse...

Rapaz esse tema é muito polêmico. Eu defendo a obrigatoriedade do diploma em jornalismo. Tanto pelas matérias humanísticas como pela parte técnica.
O jornalismo vem apresentando muitas tendências tecnólogicas, são muitos aparatos e softwares que precisamos estar a par para poder exercer a profissão. O jornalismo apresenta um campo de atuação vastíssimo, indo do fotojornalismo aos estudos da comunicaçõa.

Acredito que devamos discutir a democratização dos meios, isto sim é o importante.

Com relação ao curso de pós-graduação, sou contra. Acho que os jornalistas interessados devem fazer pós para se especializar nos assuntos, e não uma pessoa de outra área virar jornalista em dois anos.

Um professor falou uma coisa interessante e que reflete a realidade, por menos que queiramos: o diploma de jornalista cria uma reserva de mercado, e se está difícil conseguir emprego, imagine se qualquer um puder ser jornalista. Não só por isto, mas pelas questões técnicas e humanísticas é que defendo a obrigatoriedade do diploma em jornalismo. Agora claro que esta reserva de mercado não pode ser simplesmente uma reserva por ser, saca? É preciso ser uma reserva de mercado que faça jus à função. Precisamos de profissionais críticos para procurar caminhos para modificar nossa sociedade.

Enfim... já falei muito. A questão que deixo é a seguinte: o importante é a democratização dos meios, pois de nada adianta formar os "HOMEROS" da vida se quando chegamos ao mercado somos obrigados a servir de bucha de canhão para a burguesia.

Anderson Santos disse...

Concordo com boa parte do que a "anônimo" disse.

Homero, como vc bem sabe, eu tenho muitas dúvidas quanto a isso, mas entendo que o diploma é importante para dar ao comunicador o lado social, teórico, que as empresas de comunicação querem evitar de seus funcionários. Mesmo que esse lado teórico, como todos nós sabemos, seja bem pouco e cada vez mais diminuído.

Continuo acreditando que para se discutir diploma de Jornalismo precisamos discutir a qualidade de formação das nossas unviersidades, não só centralizando no nosso próprio umbigo, mas fazer isso de forma geral.

Discordo do Salomão quanto às partes técnicas. Penso que o profissional se "formata" de acordo com a empresa em que trabalha. Além da universidade não ter/querer condições de bancar as novas tecnologias, são poucas as empresas que as têm também.

Outro ponto de discordância é quanto à democratização dos meios. No movimento de comunicação e em novos estudos na área existem divergências quanto a isso e uma nova proposta: a socialização da comunicação. Algo que podemos dicutir pessoalmente, tanto eu quanto o Homero, com vc.

Quanto ao texto em si, acho que o que se quer fazer é criar um paliativo: é exigido o diploma, mas quem é advogado, médico ou qualquer profissão assim pode estudar um pouco menos e ser jornalista; logo, será também "jornalista por formação".

Porém, acredito que não é bem isso que quem é contra o diploma quer. Afinal, o que serão de nossas rádios comunitárias e jornais comunitários se a maioria das pessoas ainda não têm acesso a universidades?