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terça-feira, 3 de novembro de 2009

Fatos, não palavras: direitos humanos em Cuba

O que é democracia? Mesmo sendo um documentário que tem, a priori, a tentativa de discutir os direitos humanos em Cuba, o documentário da argentina Caroline Silvestre, produzido em 2007, raz, na verdade, uma ótima discussão sobre concepção de democrcia.
O filme é quase institucional, a maioria dos depoimentos é de pessoas lidadas ao poder: membros do PCC (não o Primeiro Comando da Capital e sim o Parido Comunista Cubano, que fique claro), juizes, deputados, professores, artistas, enfim, uma série de personalidades que mostram a cartilha castrista em todas as suas esferas: política, economica, social e por ai vai.
Mesmo sendo muito mais útil para um militante do PC do B ou qualquer outras agremiação stalinista ou maoista, o documentário traz uma ótima discussão sobre democracia participatva e representativa. O secretário do turismo cubano levanta uma questão fundamental: "o qué é democracia? Dizem que em Cuba não há democracia, pois eu digo que nenhuma outra nação é mais democrática que nós".
A concordância com tal afirmação é difícil, mas as comparações fazem sentido. Um deputado do parlamento cubano lembra que em Cuba funciona o parlamentarismo, assim como na Inglaterra, com a diferença de que as grandes multinacionais não financiam os candidatos.
As pessoas são eleitas em suas comunidades, depois em voto secreto elegem o que seria o primeiro ministro, que sempre era Fidel, mas essa é outra conversa.
O mais pertinente no documentário é discussão entre multipartidarismo e multiplas compreensões pólíticas. Um professor da Universidade de Havana defende que nos Estados Unidos, por exemplo, não existe democracia, o que existe é o multipartidarismo, ou seja, vários (na verdade só dois que contam) partidos, mas com a mesma compreensão ideológica, financiados pelas mesmas corporações.
Já em Cuba, segundo o professor, o fato de existir apenas um partido não minimiza o potencial de divergências, já que estamos falando de um país altamente letrado, com consciência suficiente para escolher com sabedoria seus líderes.
Meu problema foi compreender por inteiro o documentário, já que o assisti em espanhol, mesmo assim, as linhas gerais ficaram muito claras: discussão sobre liberdade de imprensa, condição prisional, existência de sindicatos, os terroristas que rebem dinheiro americano para tentar derrubar o regime e para, em muitas ocasiões, matar. Isso e muito mais em hechos, no palabra, um documentário essencial para quem pretende entender melhor o regime cubano.

7 comentários:

blog's homéricos disse...

Ainda acho que vc deve trazer esses documentários gravadinhos da proxima (e definitiva) vez que vier. =]

Muito bem esplanado. Quero ver.

Te amo

D.

Anderson Santos disse...

Questiono isso (especialmente na "Mídia Tosca") quando tratam o Chávez como ditador. Ele cumpre o que determina a lei, quando muda a Constituição consulta o povo,... Há algo tão "democrático" quanto isso?

Eis mais uma contradição do capital.

Anônimo disse...
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Anônimo disse...
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blog's homéricos disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk'

adoooro amor, tu é tão amado que as pessoas esquecem até do seu proprio nome. oO'

. pra sempre!

Deb

blog's homéricos disse...

mensagens de carinho serão sempre bem vindas, desde q com a identificação devida!

Anônimo disse...

uma tarde dessas apareço ai...