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quinta-feira, 12 de março de 2009

"Como viver na cidade com o 3º pior IDH do Brasil?" repercussão (parte II)

Antes de falar dos comentários dos "desconhecidos", só queria lembrar algumas coisinhas. O Fantástico de 8 de março voltou a falar de Traipu. Segundo a matéria: "Depois que o Brasil conheceu Dona Noêmia, ela começou a receber ajuda. Um supermercado passou a dar uma cesta básica no valor de R$ 100 por mês. Gente de todo o Brasil está enviando dinheiro e se oferecendo para dar bolsa de estudo para os três filhos dela."
fonte: http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1034147-15605,00-O+QUE+E+DESENVOLVIMENTO+HUMANO.html).

Pois é, a estória da boneca que chora, que dona Noêmia conta, serve para exemplificar bem a dramatização da matéria, até ai, algo que não consigo criticar. Primeiro por conhecer, minimamente, a linha editorial do programa. Segundo pelo mais óbvio: não é possível mostrar todo mundo. O que eu quero dizer? Simples! Dona Noêmia é só um exemplo, milhares delas estão espalhadas por Traipu e se alguém consegue dormir com a cabeça tranquila porque deu uma boneca que chora, como Maristela, eu continuo pensando nos meus amigos que se foram mesmo querendo ficar!

Segundo uma "fonte" (nem sei se posso usar esse termo, nem sou jornalista ainda) outro evento interessante está acontecendo depois da matéria. O número de carros pipa subindo e descendo aumentou. O prefeito, que não é bobo, abafa o povão até tudo voltar a "normalidade". Além disso, parece que temos traipuenses que leram meu texto e pretendem levá-lo para a cidade. Por mim, tudo bem. Só espero chegar lá vivo quando for visitar minha mãe. Um exemplo é Gilmara. Saiu de Traipu por causa do desemprego e lembrou que nosso povo é trabalhador e inteligente.

Uma solução apontada por Adriano e "indignado" foi a educação. Uma boa polêmica, mas prefiro ficar com a opinião de "anônimo". Segundo ele(a), a miséria está lá graças ao governo. Eu complementaria: governo e oposição! Pega tudo e joga no lixo! "Anjo del noche", traipuense também, disse que sentiu a mesma indignação que esse que vos escreve. Falou da beleza da cidade contrastando com o esquecimento político.

Gildo e Angela (uma conhecida que apareceu aos 45 do segundo tempo) também colocaram suas opiniões sobre nosso papinho. Sendo Gildo mais um filho da terra, tendo família em um dos povoados da cidade (Santa Cruz é o nome do lugar, tem até um bom time lá). Gildo, Gilmara, "Anjo del Noche" e "anônimo". Todos, assim como eu, possuem alguma ligação com Traipu, todos sentimos alguma indignação. todos sabemos que algo (ou "algos") precisa ser mudado!

Outra vez, coloco um comentário por inteiro, uma informação que, acredito eu, é das mais importantes dentro desse espaço, uma reflexão especial para os comunicólogos, comunicadores, enfim, multiplicadores de informação. Assim fala Ana Lúcia: "você está de parabêns por essa matéria,falou tudo que eu gostaria de dizer e que não é mostrado pelos jornais locais como você mesmo falou."
O que eu posso dizer? Pertinente! Porém, o que acham de começarmos? Se a mídia corporativa não faz (e nunca fará em plenitude e nós sabemos o motivo), "façamos nós por nossas mãos, tudo o que a nós diz respeito!"

2 comentários:

Anderson Santos disse...

Realmente, Homero, o ´problema é que é só "mais um caso". E como ficará essa família depois de algusn anos, quando tudo voltar ao "normal"?

Salomão Miranda disse...

Gostei de ver a repercussão de seu texto. E, realmente, nós, estudantes de comunicação e futuros jornalistas, temos uma ferramente interessante de divulgação de idéias, que é a internet.

Por exemplo, meu texto sobre o FEMUSESC. Uma pessoa disse que ia levá-lo ao SESC e outra perguntou se eu permitia que ele fosse publicado numa revista local. Muito bom isso!

Assim como o seu texto sobre Traipu figurou no mural de recados do IZP. É assim que vamos fissurando a mídia maciça (mais um termo, este meu, eu acho, rs). Precisamos unir forças para divulgar mais nossos conteúdos!

Inté!