Total de visualizações de página

sexta-feira, 26 de março de 2010

Tempos que não deveriam voltar

Espionagem de atividade de grupos de esquerda. Nâo, não estou falando dos anos de chumbo, o fato aconteceu no último dia 24, em Porto Alegre, durante a atividade da Assembléia Nacional dos Estudantes - Livre (Anel). Na ocasião, um debate sobre a ocupação de tropas no Haiti estava sendo "acompanhado" por um sargento das Forças Armadas.
Segue o relato:
No dia 24 de Março, na Faculdade de Educação da UFRGS, a Assembléia Nacional dos Estudantes - Livre (ANEL), juntamente com a Cunlutas, realizou sua atividade de calourada intitulada "As VErddes sobre o Haiti: Solidariedade sim, ocupação não!". A mesa contou com a presença de Otávio Calegari, estudante de Ciências Sociais da Unicamp que esteve no país durante o terremoto de 12 de janeiro, e VEra ROsane, doutoranda em educação pela UFRGS, servidora pública e militante do Movimento NEgro, representando o Quilombo Raça e Classe da Conlutas.
A atividade faz parte da campanha de solidariedade encabeçada por entidades como a ANEL e a Conlutas, que vêm desde antes do terremoto travando a discussão com estudantes e trabalhadores sobre a necessidade da retirada imediata das tropas braaileiras do Haiti. Frente a catástrofe ambiental, superdimensionada pelas condições sociais de extrema pobreza e exploração imperialista naquele país - que deixou mais de 200.000 mortos -, a campanha de solidariedade aos trabalhadores e trabalahdoras daquele país se tornou uma obrigação daqueles que lutam pelas bandeiras socialistas, da independência e solidariedade de classe,e a luta implacável contra o racismo.
A atividade contou com mais de cinquenta pessoas e arrecadou R$ 132,30 que serão enviados, através da Conlutas, para o Batalha Operária, uma organização autônoma da classe trabalhadora haitiana, em contraponto as doações que vem sendo entregues a ONG's e governos, e que tem sido administradas pelas tropas de ocupação e pela burguesia daqule país.
Um episódio lamentável
No decorrer da atividade, foi reconhecida a presença de um sargento das Forças Armadas, que estava infiltrado na atividade gravando todas as falas e intervenções. A denúncia foi feita no plenário e o homem se retirou. Os tempos da dita "democracia" relembram os naos e chumbo, durante a ditadura militar, em que o Estado infiltrava seus homens em locais de trabalho, estudo e organizãções para depois perseguir e torturar os militantes e ativistas de oposição ao regime. Reivindicamos uma manifestação da Reitoria da UFRGS contrária a repressão dentro dos portões dessa universidade.
Assembléia Nacional dos Estudantes - Livre - ANEL

Um comentário:

Anderson Santos disse...

O que falar a respeito? A nossa democracia mostra que toda liberdade tem limite. E quem o define é que tem o poder.