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terça-feira, 23 de março de 2010

Dos outros

A Paraíba vive uma realidade diferente, muit o graças a Guel Arraes e seus filmes (como O Auto da Compadecida e Lisbela e o Prisioneiro) e que de alguma maneira contribuem para o fomento e o investimento estatal.

Em Alagoas o marasmo na área é monstruso. Filmes como Lá vem o Juvenal!, documenbtário sobre um joquer alagoano que brilhou no Joquei Clube do Rio de Janeiro, são não só raridades como também obra de heróis.

É graças a essa conjuntura que grupos alagoanos que trabalham, ou tentam, com cinema em Alagoas produziram este manifesto que segue.

Manifesto por incentivo à cultura em Alagoas

ALAGOAS: TERRA SEM LEI

Único estado do Nordeste que não possui nenhuma lei ou mecanismo de incentivo à cultura

A expressão audiovisual alagoana é uma manifestação de nossas identidades, é espaço de reflexão do nosso passado para entender o presente e imaginar futuros.

A despeito de todas as dificuldades, nossa produção tem avançado no últimos anos. Porém, esse avanço deve-se muito ao esforço pessoal de cineastas na tentativa de produzir filmes sem recursos e até mesmo formação técnica necessária para os profissionais do cinema.

Alagoas é o úncio estado do Nordeste brasileiro que não possui lei ou mecanismos de incentivo à cultura em nenhuma das suas expressões artísticas e esferas governamentais. Na mesma situação está Maceió em relação às demais capitais da região, que através de editais e fundos de cultura municipais e estaduais deram grande impulso e projeção nacional e internacional à produção audiovisual de estados como Pernambuco, Ceará e Paraíba. Nossos vizinhos, os Pernambucanos, produzem mais de 10 longas-metragens e 20 curtas por ano através de editais de fomento do governo estadual.

Temos que evoluir da política de balcão e pires na mão para a construção de uma real política pública que garanta de forma justa os recursos financeiros suficientes para a produção de cultura com esmero técnico e qualidade. Os cienastas de Alagoas querem fazer cinema sem terem que sair de sua terra pela falta de recursos de formação e recursos para concretizar sua capacidade criativa.

Os prêmios conquistados, os editais nacionais ganhos e a boa acolhida de produções alagoanas em outras partes do Brasil deixam claro que o que nos falta não é talento. Falta memso é fomento, apoio e incentivo para que a produçaõ cultural de Alagoas cresça em quantidade e qualidade. Temos quase tudo para chegar lá, mas dependemos da consciência dos governantes, gestores e legisladores da importância do audiovisual e demias expressões artísticas para a construção e afirmação da cultura e identidade alagoana no cenário nacional.

O cineclube Ideário convia a sociedade civil e artistas alagoanos e brasileiros de todos os segmentos artísticos para unirem forças na Campanha por um mecanismo de Incentivo à Cultura no Estado de Alagoas.

2 comentários:

Anderson Santos disse...

Pois é, não temos como discutir isso com os pernambucanos, mas nem mesmo com outros estados do NE. Não há qualquer forma de apoio por aqui.

A Conferência de Cultural aprovou que cada Estado repassasse 1% ou 1,5% do orçamento em cultura. Aqui, uma mudança assim, multiplicaria por 10 os investimentos.

Débora Accioly disse...

Poorra. 1%? UAU.
É fogo né?
Tantas belezas e o nordeste se resume ao cariri paraibano ou ao sertão de pernambuco! Da Bahia eu nem falo.. já que é tão lá em baixo.........

Te amo